A Onça Caetana, símbolo da Morte
POR REGIOPÍDIO LACERDA
Ela chega pra por ponto final
E acabar com qualquer uma existência
Quando o banco da vida abre falência
Concordata nenhuma dá sinal
Cada ser diferente fica igual
Nessa hora não tem separação
Tanto faz ser um pobre ou um barão
Não importa se é russo ou brasileiro
É a morte o incrédulo carcereiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
E acabar com qualquer uma existência
Quando o banco da vida abre falência
Concordata nenhuma dá sinal
Cada ser diferente fica igual
Nessa hora não tem separação
Tanto faz ser um pobre ou um barão
Não importa se é russo ou brasileiro
É a morte o incrédulo carcereiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
Vê-se um cara suvino e avarento
E um outro aberto e perdulário
Um gastando o que ganha de salário
Pra acudir um irmão em sofrimento
Já o outro não escuta o lamento
Nem o choro sincero de um irmão
É de pedra o seu duro coração
Só a Caetana resolve esse entreveiro
É a morte o incrédulo carceireiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
E um outro aberto e perdulário
Um gastando o que ganha de salário
Pra acudir um irmão em sofrimento
Já o outro não escuta o lamento
Nem o choro sincero de um irmão
É de pedra o seu duro coração
Só a Caetana resolve esse entreveiro
É a morte o incrédulo carceireiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
É quem dita as suas condições
Sem remorço, tristeza, dor ou culpa
Para agir só precisa uma desculpa
Pra causar nos mortais fortes tensões
Os que ficam relatam as emoções
Mas não podem medir a sensação
Do aperto que sente o coração
Ao saber do suspiro derradeiro
É a morte o incrédulo Carcereiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
Sem remorço, tristeza, dor ou culpa
Para agir só precisa uma desculpa
Pra causar nos mortais fortes tensões
Os que ficam relatam as emoções
Mas não podem medir a sensação
Do aperto que sente o coração
Ao saber do suspiro derradeiro
É a morte o incrédulo Carcereiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
Confiante na força do poder
O político corrupto se alimenta
Com propina e desvio se sustenta
De conchavos e lobbys pra crescer
Faz do mundo do ter o seu viver
Sempre às custas das tetas da nação
Sem lembrar que no seu belo caixão
Não tem onde levar o seu dinheiro
É a morte o incrédulo carceireiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
O político corrupto se alimenta
Com propina e desvio se sustenta
De conchavos e lobbys pra crescer
Faz do mundo do ter o seu viver
Sempre às custas das tetas da nação
Sem lembrar que no seu belo caixão
Não tem onde levar o seu dinheiro
É a morte o incrédulo carceireiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
Um conselho pra quem quer ter a vida
Leve e solta e repleta de alegria
Valorize o amor e a companhia
Pra não ter só lamento na partida
Pois na hora da última despedida
Só nos resta a triste conclusão
Que a vida passou como tufão
Como um sopro de vento bem ligeiro
É a morte o incrédulo carceireiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
Leve e solta e repleta de alegria
Valorize o amor e a companhia
Pra não ter só lamento na partida
Pois na hora da última despedida
Só nos resta a triste conclusão
Que a vida passou como tufão
Como um sopro de vento bem ligeiro
É a morte o incrédulo carceireiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
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