sexta-feira, 10 de março de 2017

SOBRE A MORTE...

A Onça Caetana, símbolo da Morte
POR REGIOPÍDIO LACERDA
Ela chega pra por ponto final 
E acabar com qualquer uma existência 
Quando o banco da vida abre falência 
Concordata nenhuma dá sinal
Cada ser diferente fica igual
Nessa hora não tem separação 
Tanto faz ser um pobre ou um barão
Não importa se é russo ou brasileiro
É a morte o incrédulo carcereiro 
Que não livra ninguém dessa prisão.
Vê-se um cara suvino e avarento 
E um outro aberto e perdulário 
Um gastando o que ganha de salário 
Pra acudir um irmão em sofrimento 
Já o outro não escuta o lamento 
Nem o choro sincero de um irmão 
É de pedra o seu duro coração 
Só a Caetana resolve esse entreveiro
É a morte o incrédulo carceireiro 
Que não livra ninguém dessa prisão.
É quem dita as suas condições 
Sem remorço, tristeza, dor ou culpa
Para agir só precisa uma desculpa 
Pra causar nos mortais fortes tensões 
Os que ficam relatam as emoções 
Mas não podem medir a sensação 
Do aperto que sente o coração 
Ao saber do suspiro derradeiro 
É a morte o incrédulo Carcereiro
Que não livra ninguém dessa prisão.
Confiante na força do poder
O político corrupto se alimenta
Com propina e desvio se sustenta
De conchavos e lobbys pra crescer
Faz do mundo do ter o seu viver
Sempre às custas das tetas da nação 
Sem lembrar que no seu belo caixão
Não tem onde levar o seu dinheiro
É a morte o incrédulo carceireiro 
Que não livra ninguém dessa prisão.
Um conselho pra quem quer ter a vida
Leve e solta e repleta de alegria
Valorize o amor e a companhia 
Pra não ter só lamento na partida 
Pois na hora da última despedida
Só nos resta a triste conclusão 
Que a vida passou como tufão
Como um sopro de vento bem ligeiro
É a morte o incrédulo carceireiro
Que não livra ninguém dessa prisão.



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