A VOZ (Menotti del Picchia)
Nunca provei o teu beijo;
de estranho amor estremeço;
caminho; sangram meus pés.
Existes - mas não te vejo;
és bela - não te conheço;
amo-te e - não sei quem és!
de estranho amor estremeço;
caminho; sangram meus pés.
Existes - mas não te vejo;
és bela - não te conheço;
amo-te e - não sei quem és!
Por cidades, por aldeias,
minha sina é procurar-te.
Onde estás? Para onde vou?
Sinto que tu me rodeias,
mas, se estás em toda a parte,
jamais estás onde estou!
minha sina é procurar-te.
Onde estás? Para onde vou?
Sinto que tu me rodeias,
mas, se estás em toda a parte,
jamais estás onde estou!
Eu te sinto repartida
na glória da natureza,
Amada que eu nunca vi.
Sei que estás dentro da vida
e, onde há um pouco de beleza,
há sempre um pouco de ti...
na glória da natureza,
Amada que eu nunca vi.
Sei que estás dentro da vida
e, onde há um pouco de beleza,
há sempre um pouco de ti...
Ó, meu vago sonho obscuro,
não vens por mais que te chame...
Onde estarás? Eu não sei!
Escondes-te; eu te procuro,
não te encontro e, talvez, te ame
porque nunca te encontrei!
não vens por mais que te chame...
Onde estarás? Eu não sei!
Escondes-te; eu te procuro,
não te encontro e, talvez, te ame
porque nunca te encontrei!
Sombra sonhada e divina,
sê sempre apenas sonhada...
nunca entrevista sequer!
Foge! que temos por sina
o sentir que morre a Amada,
quando se encontra a Mulher!
sê sempre apenas sonhada...
nunca entrevista sequer!
Foge! que temos por sina
o sentir que morre a Amada,
quando se encontra a Mulher!
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