PÉROLAS FILOSÓFICAS...

A SABEDORIA DE MÁRIO QUINTANA

Poeta Mário Quintana (Jul/1906 – Mai/1994)

“Nós vivemos a temer o futuro; mas é o passado quem nos atropela e mata.”

“O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro.”

“Vale a pena viver – nem que seja para dizer que não vale a pena…”

“Quando guri, eu tinha de me calar, à mesa: só as pessoas grandes falavam. Agora, depois de adulto, tenho de ficar calado para as crianças falarem.”

“Uma curva de caminho, anônima, torna-se às vezes a maior recordação de toda uma volta ao mundo!”

“Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter alguém ao seu lado, ou de fazer algo, por puro medo de ser feliz. A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente… Não voltará mais.”

“Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo…”

“A vida é uma estranha hospedaria/d’onde se parte geralmente às tontas/e as nossas malas nunca estão bem prontas/e nossas contas nunca estão em dia…”

“Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?”

“Reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: nada se perde, tudo muda de dono.”

“Dupla delícia/ O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.”

“Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?”

“O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.”

“A indiferença é a maneira mais polida de desprezar alguém.”

“O mais feroz dos animais domésticos é o relógio de parede: conheço um que já devorou três gerações da minha família.”

“Amizade: quando o silêncio a dois não se torna incômodo. Amor: quando o silêncio a dois se torna cômodo.”