A HORA DA POESIA
ADEUS! – Anna Lima
A’ Debora Souto
Meus olhos cheios de prantos
Si fitam nos olhos teus;
E diz minha lyra em cantos:
– Adeus, adeus!
Si fitam nos olhos teus;
E diz minha lyra em cantos:
– Adeus, adeus!
Minh’alma triste e chorosa
Dos agros pesares seus
Tambem murmura saudosa:
– Adeus!
Dos agros pesares seus
Tambem murmura saudosa:
– Adeus!
E tu, oh! flor que sorriste
Aos ternos affectos meus,
Suspiras medrosa e triste:
– Adeus, adeus!
Aos ternos affectos meus,
Suspiras medrosa e triste:
– Adeus, adeus!
Teu coração carinhoso
De um triste amor entre os véos,
Baixinho diz amoroso:
– Adeus, adeus!
De um triste amor entre os véos,
Baixinho diz amoroso:
– Adeus, adeus!
Me disse o sol que morria
Nas louras plagas dos céos:
Tem fé, ella volta um dia…
– Adeus, adeus!
Nas louras plagas dos céos:
Tem fé, ella volta um dia…
– Adeus, adeus!
Quando as lagrimas estanco
Para invocar o bom Deus,
Me diz teu lencinho branco:
– Adeus, adeus!
Para invocar o bom Deus,
Me diz teu lencinho branco:
– Adeus, adeus!
Açú – 1899
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