segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A POESIA DE ANA LIMA PIMENTEL...MINHA AVÓ MATERNA.

AS ESTRELLAS – Anna Lima

Hontem á tarde, ao desmaiar do dia,
As estrellas inquietas e medrosas
Procuravam nas plagas luminosas
Um’outra estrella que fugido havia,
Ellas todas choravam silenciosas,
Cheias de mêdo e cheia de agonia,
E o claro pranto das estrellas ia
Cahir no seio das nevadas rosas
Porém, mais tarde, quando a lua algente
Transpoz a curva triumphal do oriente,
- Noiva do sul, pela amplidão vagando…
Ellas viam do espaço interminavel
A meiga estrella pallida, adoravel,
Na doce luz de teu olhar brilhando.
Açù – Janeiro de 1899.
* * *

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