segunda-feira, 23 de junho de 2014

A POESIA DA VIDA REAL...

EDMILTON BEZERRA TORRES – PESQUEIRA-PE

O CAÇADOR DE CORRUTOS
Eu armei uma arapuca
Na Capital Federal
Ali entre a Esplanada
E o Congresso Nacional
Pois há muito eu escutava
Que por lá sempre passava
Toda espécie de animal
Preparei a armadilha
Escolhi bem o local
Para ver se eu pegava
Algum bicho especial
A isca era uma propina
De um lobista da China
Para uma obra ilegal
Quando farejaram a isca
Brasília ficou lotada
Veio um bando de petistas
Com toda a base aliada
Fizeram a maior muvuca
Quase quebram a arapuca
Para alcançar a bolada
O bando da oposição
Ficou ali aceirando
Doidinho pra dar o bote
Vendo a isca se acabando
Foi preciso um complemento
De quase vinte por cento
Para pegar todo o bando
Ao final fiz um balanço
De quantos bichos peguei
Foi tão grande a quantidade
Que juro que me espantei
Peguei pelado e peludo
Peguei pequeno e graúdo
Juntei num saco e contei
Peguei uns trinta ministros
Uns vinte mil assessores
Uns quinhentos deputados
Uns quarenta senadores
Peguei uns bem diferentes
Que são chamados suplentes
Mas são bons farejadores
Peguei uns governadores
Que chegaram de repente
Diretores de estatais
Militares de patente
Tinha até publicitário
Membros do judiciário
Só faltou um presidente.

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