sexta-feira, 12 de agosto de 2016

DE QUANDO ACREDITAVA NAS APARENCIAS...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.

          Cresci certo que João de Fabiana era poduto de um chifre que sua mãe tinha colocado em Ferrão, seu esposo...
          João de Fabiana era a cara de Biruta...semelhante, igual fisicamente, nos gestos e nas atitudes...a mesma química e a mesma mímica, sem dele ser nem parente nem aderente...ele não tinha nada de Ferrão, nem uma unha...
          João era tão parecido com Biruta, que o filósofo da cidade vivia a repetir:
          Uma semelhança desta só se faz com espermatozóide...
          A medida que João de Fabiana crescia,  mais parecido com Biruta ficava...
          João de Fabiana era Biruta mais novo...
          Fabiana era comentada nas pequenas rodas como a mulher que um dia, traíra o esposo...
          Um dia  fui a Campina Grande e fiz umas compras...achei o vendedor também, a cara de João de Fabiana...
          O VENDEDOR, agradecido pelas compras, solícito, gentil, educado, começou a conversar amenidades...perguntou de onde eu era...eu de pronto respondí:
          sou de Nova Cruz, no Rio grande do Norte...
         ELE afirmou:COINCIDENCIA...EU TENHO UM IRMÃO QUE MORA LÁ, MAS FAZ MAIS DE TRINTA ANOS QUE EU NÃO O VEJO...
          EU PERGUNTEI, QUEM É O SEU IRMÃO?
          ELE RESPONDEU: FERRÃO...PORTANTO ELE ERA TIO DE JOÃO  FURIBA...AÍ ERA QUE A SEMELHANÇA ERA MAIOR...UM ERA UMA XEROX DO OUTRO...
          Me lembrei de Voltaire:
          Ninguém tem mais cara de culpado do que o inocente...
          Hoje penso setenta vezes sete, antes de fazer um mal juízo...e sigo a ordem de Jesus Cristo, que um dia respondeu a um discípulo:
               Mestre, quantas vezes devemos perdoar?
               Jesus respondeu:
          setenta vezes sete.

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