Cresci certo que João de Fabiana era poduto de um chifre que sua mãe tinha colocado em Ferrão, seu esposo...
João de Fabiana era a cara de Biruta...semelhante, igual fisicamente, nos gestos e nas atitudes...a mesma química e a mesma mímica, sem dele ser nem parente nem aderente...ele não tinha nada de Ferrão, nem uma unha...
João era tão parecido com Biruta, que o filósofo da cidade vivia a repetir:
Uma semelhança desta só se faz com espermatozóide...
A medida que João de Fabiana crescia, mais parecido com Biruta ficava...
João de Fabiana era Biruta mais novo...
Fabiana era comentada nas pequenas rodas como a mulher que um dia, traíra o esposo...
Um dia fui a Campina Grande e fiz umas compras...achei o vendedor também, a cara de João de Fabiana...
O VENDEDOR, agradecido pelas compras, solícito, gentil, educado, começou a conversar amenidades...perguntou de onde eu era...eu de pronto respondí:
sou de Nova Cruz, no Rio grande do Norte...
ELE afirmou:COINCIDENCIA...EU TENHO UM IRMÃO QUE MORA LÁ, MAS FAZ MAIS DE TRINTA ANOS QUE EU NÃO O VEJO...
EU PERGUNTEI, QUEM É O SEU IRMÃO?
ELE RESPONDEU: FERRÃO...PORTANTO ELE ERA TIO DE JOÃO FURIBA...AÍ ERA QUE A SEMELHANÇA ERA MAIOR...UM ERA UMA XEROX DO OUTRO...
Me lembrei de Voltaire:
Ninguém tem mais cara de culpado do que o inocente...
Hoje penso setenta vezes sete, antes de fazer um mal juízo...e sigo a ordem de Jesus Cristo, que um dia respondeu a um discípulo:
Mestre, quantas vezes devemos perdoar?
Jesus respondeu:
setenta vezes sete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário