sábado, 31 de dezembro de 2011

NO ÚLTIMO DIA DO ANO, A PRIMEIRA SOLIDÀO.....1959.POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.


TODO ÚLTIMO DIA DO ANO eu sinto uma sensação de leveza...me sinto como quem partiu ou morreu...eu paro,relaxo, reflito...ás vésperas de um ano novo é para reflexão,zerar o velocímetro,fazer o update e upgrade do seu espírito...do seu caminho,das suas emoções...
O QUE A VIDA nos deu foi presentes dela, O QUE A GENTE SE TORNOU, é um presente nosso, para a vida...
ME LEMBRO DA MINHA AFLIÇÃO,na passagem do ano, na barraca da festa da padroeira em Nova Cruz...lá na minha cidade, o ano novo só chegava, quando o maestro da banda de música,levantava as mãos e a banda executava o HINO NACIONAL...imediatamente, da janela da igreja matriz, o padre levantava o SANTO SANTÍSSIMO, E DESCREVIA NO AR UMA CRUZ,ABENÇOANDO TODOS E O ANO QUE CHEGARA...depois disso, chuvas de beijos e abraços entre todos...
MAS, por que a aflição...meu ouvido, já musical,escutava uma canção que dizia:SESSENTA VEM AÍ E NEGRO VAI VIRAR MACACO...eu tinha o pavor de , em plena festa, ser atacado por muitos gorilas...na hora da passagem do ano, mamãe despachava no buffet da festa,ajudando a paróquia,vendendo...me colocou sentado no balcão da barraca, e eu entrei o ano sozinho e com medo...quando o ano passou eu procurei nos transeuntes um AFRODESCENDENTE, e vi que a história era falsa...mas secretei muita adrenalina na hora...era a primeira solidão do poeta...

O PAPA BERTIUS I E O SOLFEJO ANAL...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.


O JORNALISTA LUIZ BERTO,é o PAPA BERTIUS I...o homem que fundou a ICAS:IGREJA CATÓLICA SERTANEJA... O VATICANO DESTA IGREJA É O MERCADO DA MADALENA, NO RECIFE...ele edita um blog dos mais lidos:O JORNAL DA BESTA FUBANA...foi ele quem me apelidou de PADRE CELESTINO PIMENTEL, quando publiquei o meu primeiro artigo no seu blog...um dia serei promovido a bispo... a igreja trata de uma literatura do cotidiano,com opiniões de gregos e troianos, sobre o mundo e as coisas...o Papa BERTO, é um homem descente, nunca tive a honra de conhecê-lo pessoalmente, tem uma ironia elegante e inteligente...um dia eu aterrisso no mercado da Madalena, no sábado as 10h....onde ocorre o grande conclave, de poetas e intelectuais do nordeste...nesta reunião voce encontra DE JESSIER QUIRINO Á MACIEL MELO, o cardeal João Veiga, homem importante no SUS,que veste a camisa do social, além de ser um papa da cirurgia de urgência, em Pernambuco,no Hospital da Restauração...

QUERO mostrar, a título de diversão, duas coisas que o papa publicou, para descontrair este final de ano...
O PAPA BERTIUS É BEM MORENO... e saiu-se com esta:eu sou negro...o cara que me chamar de afrodescente, eu mando ele tomar no cú...
Escreveu sobre Severino rabo fino, de Palmares, que por soltar tanto FLATUS(peido),longos ventos, dá a introdução compelta do HINO NACIONAL, sofejando pelo anus. rs.
SUGIRO que Severino rabo fino seja contratado,de preferencia por uma ONG, para abrir as reuniões cívicas ministeirais, em Brasília.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

TRANSCRITO DO BLOG OUTRASEOUTRAS, DA POETISA LÚCIA HELENA...


HOJE, 30-12, É O ANIVERSÁRIO DA POESIA HUMANA E AMOROSA QUE SE CHAMA VIOLANTE PIMENTEL, E EU A AMO, RESPEITO E ADMIRO!

PARABÉNS, SUBLIME AMIGA VIOLANTE!
VIOLANTE PIMENTEL

"Como dizer aos que amamos, que os amamos" Exupéry.

FALAR EM VIOLANTE?



Para mim é bem simples
Porque ela é feita de luz e carinho,
Ela é uma flor e é um rio,
É uma página onde Deus escreveu em ouro
Só poemas de amor.

Violante traz a música em seu nome,
De viola bem executada em noites de luar,
Quando ela mesma toca o violão, ou o teclado,
E deixa as notas musicais cantarem alto a sua alegria,
Porque ela é feita dessa harmonia!

Falar sobre Violante dá-nos uma sensação boa,
Um sentir multiplicado, o vislumbre de um jardim só de verbenas
Como a poesia de sua avó Ana Lima
Que deixou um rico livro de poesias amenas!

Violante é um lume estelar, uma fagulha riscando o céu de anil,
Um sol que se abre e festeja, uma lua que se derrama em prata,
Uma paisagem de pássaros multicores,
Borboletas amarelas e um beija-flor lilás!

Hoje ela será aplaudida, festejada e louvada,
Porque simboliza o bem, as belas virtudes, a generosidade,
O coração bom e a palavra amorosa,
Violante, teu nome é amor!!!

Lúcia Helena

É isso, Violante Pimentel já foi muitas coisas, trabalhou muito, ocupou belos cargos como Procuradora Corregedora Geral do Estado, mantendo-se como Procuradora de Justiça.
Ela é a mãe de uma querida advogada, Diana e irmã do médico, músico, poeta e cantor - Bernardo Pimentel.
E Violante ama e mima os sobrinhos, os primos, os compadres, comadres e afilhados.
Ela é gente do bem, gente dos amigos de sempre, com fiel estima e rica consideração.

A festa de Violante???
É hoje - 30-12-2011
Hora: A partir das 20:30
Local: Área de lazer do edifício Gilmar Filho (naquela linda praça do Tirol).
Atração principal: ela cercado de bem querer e a música da Orquestra Los Manos.
La promoteur: Diana
Buffet de doces e salgados: Rosy
Jantar: das mãos divinais de sua querida secrtetária e coadjuvantes.

Vivas à querida Violante e seus convidados do coração, cuja lista é bem expressiva!!!

HOJE OS SINOS DOBRAM PARA VIOLANTE PIMENTEL...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.


LÚCIA HELENA...


ACORDEI Hoje e ví uma coisa inusitada, em 34 anos de casado...Gracinha, minha mulher, se dizer emocionada... era sobre o que você escreveu sobre a nossa querida irmã Violante ....
CONSEGUIR EMOCIONAR GRACINHA COM UM TEXTO, é preciso que ele seja bem bonito e verdadeiro...GRACINHA é incapaz de fingir...A VERDADE de Gracinha é a mais justa...
ASSUMO em grau , número e gênero,tudo o que você falou sobre violante... Neste dois anos de Blog, teria assunto para escrever, somente contando o bem que Violante já nos fez...a ela sou eternamente grato... O QUE ELA JÁ FEZ com a mão direita,nem a mão esquerda viu ou soube,nem ninguém...ELA FEZ E FAZ O BEM POR DEBAIXO DOS PANOS...hoje temos motivos para comemorar...é mais um ano de vida deViolante...estaremos lá, eu e Gracinha , todos os meus filhos, genro e noras...Violante foi, e será sempre essencial nas nossas vidas, desde o tempo que mamãe lhe confiava uma caixa de chocolate torrão, para ela me dar no recreio do colégio Nossa Senhora do Carmo,em Nova Cruz, era o meu lanche...ela me dava dois, por recreio...senão eu comia a caixa toda, e de uma vez.E para não ser prolixo,e por não ter palavras para uma irmã maravilhosa, e por não ter a poesia suficiente para agradecê-la,Vinicius de Moraes vai falar por mim:VIOLANTE FOI O SOL QUE ILUMINOU A AURORA E APASCENTOU A TARDE...



LÚCIA HELENA disse...

GRATA POR AGRADECER. É MESMO, SÓ ESCREVO O QUE O CORAÇÃO SENTE E A ALMA REVELA.

TODO AMOR.

LÚCIA HELENA

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ROBERTA SÁ...UM LUXO:DO RN. PARA O BRASIL...







DE FALCÃO...



No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira

Quando vem a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem
Quando cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro no cume escorre
O mato no cume cresce
Então quando cessa a chuva
No cume volta alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia.


Muita gente boa supõe que essa magnífica e supimpa pérola literária seja de minha autoria. Porém, eu apenas fiz uma melodia para a dita cuja, a qual gravei no CD “Do penico à bomba atômica”, e ela tornou-se um dos grandes clássicos da MPB do B – Música Popular Brega do Brasil.




AS ROSAS DO CUME


No cume da minha serra
Eu plantei uma roseira,
Quanto mais as rosas brotam
Tanto mais o cume cheira.
À tarde, quando o sol posto,
E o vento o cume adeja,
Vem travessa borboleta,
E as rosas do cume beija.
No tempo das invernadas,
Que as plantas do cume lavam,
Quanto mais molhadas eram
Tanto mais no cume davam
Mas se as águas vêm correntes,
E o sujo do cume limpam,
Os botões do cume abrem,
As rosas do cume grimpam.
Tenho pois certeza agora
Que no tempo de tal rega,
Arbusto por mais cheiroso
Plantado no cume pega.

Ah! Porém o sol brilhante
Seca logo a catadupa;
O calor que a terra abrasa
As águas do cume chupa!


E o esclarecimento: “Estes versos constam do livro Poesias livres, de Laurindo José da Silva Rabelo (Poeta Lagartixa. Rio de Janeiro, 1826-1864), publicado em folheto, em papel ordinário e por uma livraria-editora anônima do Rio de Janeiro, provavelmente em 1882. Foram tão populares em fins do século XIX, que chegaram a Portugal em cópias manuscritas, mais do que clandestinas, sendo gravados em disco no início do século, por duas vezes, pelo menos, sob a indicação de “poesia carnavalesca”. Quem dá conta desta informação é José Ramos Tinhorão, no livro História social da música popular brasileira (São Paulo; Editora 34, 1998). Foram gravados em música, também, no Brasil, por Falcão, no CD Do penico à bomba atômica (2000), com o nome de “No Cume”, de autoria (?) de Falcão e Plautus Cunha”.

UM CORDEL...

* * *
Um folheto de Salete Maria e Fanka


A HISTÓRIA DE JOCA E JUAREZ



Juarez era um senhor
Devoto do meu padim
Trabalhava com ardor
Cultivando seu jardim
“um dia o cão atentô”
E Juarez se apaixonou
Por Joca de Manezim!


Isso se deu em meados
De mil novecentos e seis
Naquele tempo veado
Era bicho que Deus fez
“home não ama ôtro home
Senão vira Lobisomem”
Disse o padre, certa vez
O tal Joca era um rapaz
Zabumbeiro de primeira
Era um tocador capaz
De agradar moça solteira
Mas também ele gamou
Por Juarez se apaixonou

Quando o viu na ribanceira.
O Juarez, que moço bom!
Honesto e temente a Deus
Tinha mesmo aquele dom
De estar junto dos seus
Porém Joca despertava
Algo que o incomodava
Mais profano que os ateus
Orava dias a fio
Pedindo a Deus proteção
Não chiava nem um pio
Sobre a sua condição
Sentia até arrepio
Um sentimento sombrio
Domava seu coração
Dizia: “Deus me ilumine
Não sei o que há comigo
Creio que já imagine
Que amo o meu amigo
Por favor me examine
Preciso que me vacine
Me livre deste castigo!”


Foi um dia à sacristia
Querendo se confessar
Mas o pobre não sabia
Que o padre ia viajar
Falar com os fazendeiros
Combinar com os cangaceiros
Franco Rabelo expulsar.
Pra você vou alembrar:
Romão era conselheiro
Vivendo a orientar
Beatos e bandoleiros.
Apesar da seca forte
O milagre fez suporte
Que atraía os romeiros.
Disse ele: “Meu padim
O senhor tá avexado?
Mas me dê cá um tempim
P’eu lhe contar um babado
Sabe Joca Manezim?
Despertou algo em mim
E por ele estou gamado.”
Padim Ciço extasiado
Ficou teso, branco e mudo
Olhou o seu afilhado
Comentando o absurdo
“meu filho esqueça disso
Largue logo desse viço
Saia já desse chafurdo!”
“Isso é a tentação
Você precisa rezar
Peça logo a Deus perdão
Tire moça pra casar
Veja Sodoma e Gomorra
O castigo contra a zorra
Outra vez pode se dar”.
“Ademais eu advirto
E esclareço a você
Em assunto desse tipo
Nada posso lhe dizer
É tema que não me meto
E com o devido respeito
Eu não me deixo meter.”


“Reverendo acredite
Meu amor é tão sincero
Pela deusa Afrodite
Joca é tudo que mais quero
Tenho padecido tanto
Por viver esse encanto
Pelo homem que eu paquero”.
O vigário apressado
Disse: “Estou de saída
Nesse papo endiabrado
Não encontrarás guarida
Vá plantar o seu roçado
Deixe essa história de lado
Que eu já estou de partida”
Juarez desapontado
Dirigiu-se à Matriz
Avistou Joca sentado
Ao lado de Meretriz,
Uma amiga rapariga
Que amava outra amiga
Que no circo era atriz.
Disse ele: “Caro Joca
Venho do confessionário
Procurei sair da toca
Contei tudo ao vigário
Sobre a nossa condição
Nosso amor, nossa paixão
É triste nosso calvário.
Padim Ciço condenou
Esse ‘amor entre iguais’
Ele me aconselhou
A trabalhar muito mais
Esquecer tal relação
Procurar outra união
Pois esta não me apraz.”


Meretriz falou e disse,
Se metendo na questão:
“tudo isso é tolice
Esse padre é um machão
Pois ordena a Escritura
Para cada criatura
Amar semelhante irmão.”
“O padre tá atrasado
Na sua concepção
Para casos de viado
Tem atualização
Que tal fazer um mestrado
Homossexualizado
Com o São Sebastião?”

“Meretriz é isso aí
disse Joca veemente
Vejo que no Cariri
Você lançou a semente
Vou falar com este padre
Chamar ele de ‘cumadre’
P’rele respeitar a gente.”
Enquanto isso na feira
Pote, cabaça, quartinha
Chinelo, terço, peneira,
Cordel, reisado, lapinha
Entorno toda cultura
P’ruma fé cega e segura
Aquele amor não convinha.


Envolto neste cenário
Joca fitou o Juarez
Um sentimento lendário
Instalou-se de uma vez
E tudo ficou sagrado
Como algo consagrado
Qual um anjo que se fez
Naquela apoteose
Tudo, então, se revelou
Fez-se a metamorfose
Deste proibido amor
Do casulo à borboleta
Emanou d’uma trombeta
Um som que glorificou.
O amor é grande laço
O amor é armadilha
O amor não tem compasso
O amor não segue trilhas
O amor não se condena.
Todo amor vale a pena
Salve quem ama e brilha!
O povo de Juazeiro
Comentava, maldizendo
Foi, então, cada romeiro
Procurar o reverendo
Para que interviesse
E fizesse uma prece
P’ro que tava acontecendo.
Acendido o preconceito
Foi difícil apagar
Apesar do seu conceito


Nunca quis discriminar
Chamou a população
Para ouvir no seu sermão
O que tinha a comentar.
O sacristão trouxe a vela
A beata trouxe o vinho
Meretriz sempre tão bela
Foi chegando de mansinho
Com Floro Bartolomeu
Que era um amigo seu
A quem falou bem baixinho:
“Floro, ouça este pedido
Que tenho a lhe fazer
O Joca está fudido
Juarez pensa em morrer
Suba lá e diga ao padre
Que faça sua vontade
Deixe o amor acontecer…
Além disso é dever
Dos que proclamam a fé
Nenhum ser desmerecer
Seja homem ou mulher
O amor é unissex
Dura Lex, sede Lex
Mais tarde dirá Tom Zé.”
Assombrado e relutante
Floro disse: “tenho medo”
Meretriz disse gritante:
“Pois contarei seu segredo”
Ele disse: “sendo assim
Deixe isso para mim
Resolvo tudo, tão cedo!”
Pressionado e sem saída
Subiu Floro no altar
Com sua saia comprida
O padre veio de lá
A multidão moralista
Falsa como uma ametista
Ansiosa a esperar.
Floro foi ao reverendo
Cochichou ao seu ouvido
O padre enrubescendo
Disse: “atendo ao pedido!”
E a missa começou
Mas o padre não falou
Sobre o tema pretendido.
Falava ele de tudo
Menos sobre o coito gay


Juarez assistia mudo
Joca parecia um rei
Sentiam-se justiçados
Com Floro e o Padre acuados
Meretriz fazia a lei
Após o “ide em paz”
O povo se recolheu
Ao cabaré de Lilás
Foi Floro Bartolomeu
Meretriz com seu cartaz
Joca, Juarez e um rapaz
Enfim, o amor se deu.

Para época em questão
O ocorrido era novo
Foi alvo de agitação
Entre as pessoas do povo
Mas Floro Bartolomeu
Com o poder que recebeu
Tornou comum como um ovo.