sábado, 13 de julho de 2013

O TEMPO E A DOR DA ALMA....POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.



               AMIGA...você já escutou umas palmas no seu terraço,e viu que era um senhor,lindo como a cara do seu filho...ele se chama o tempo...
               O TEMPO reúne todas as qualidades e os defeitos da vida...as vezes dura uma eternidade, as vezes é rápido como um cometa...

             Mas fique certo: um dia ele bate á sua porta, e leva você a refletir...vem com perguntas deliciosas, mas também com perguntas dolorosas, sarcásticas, sádicas...
               Ele cobra a você todos os seus sonhos que você não conseguiu realizar...ele passa na cara a sua falta de coragem,as suas fraquezas....mas, também lhe recorda o tempo de um grande amor,quando a vida vinha em ondas como o mar...faz você desejar uma estação de amor...é o TEMPO...
que tanto faz esquecer como faz lembrar...tanto lembra seus grandes atos, suas grandes paixões, como lhe tortura pelo  RIDÍCULO DAS PEQUENAS COISAS...

               O TEMPO é capaz de fazer você voltar a experimentar todas as sensações...táticas, visuais, auditivas,é capaz de magnificar a sua dor...lhe proporciona gargalhadas instantâneas,e a dor do membro fantasma: a saudade...

          O TEMPO lhe tranquiliza , mas lhe tortura...é responsável por muitas neuroses depressivas...

               Baseado em tudo que falei,o compositor ALDIR BLANC,que começou a vida como psiquiatra, trabalhando na Clínica Pinel...Depois abandonou a psiquiatria...chegou a conclusão que a única distância entre ele e o seu paciente era o Bureau, COMPÔS  RESPOSTA AO TEMPO...escute este diálogo com você e o tempo...

             Mas seja rápida, se não ele passa...








Resposta ao Tempo

DE ALDIR BLANC


Nana Caymmi

Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Prá ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

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