domingo, 29 de abril de 2018
UMA NOITE NO ROYAL PALMS...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
ONTEM tivemos uma noite de comemoração...muita alegria represada...
tivemos a inauguração do apartamento novo de paulo viana e Brena, minha única filha...
APARTAMENTO CHIC, ALINHADO, BEM DECORADO, PERFEITO...
DEPOIS COMEMORAMOS OS 4.3 ANOS DE GENRO PAULO HENRIQUE...O QUARTO FILHO QUE DEUS ME
DEU...
E O MAIS IMPORTANTE, COMEMORAMOS A PRIMEIRA GESTAÇÃO DE BRENA, COM 4,0 ANOS...
UMA NOITE DE AGRADECIMENTOS Á DEUS, POR TUDO AQUILO QUE ELE NOS FEZ...
REZAMOS EM FÁTIMA,PORTUGAL...REZAMOS EM LOURDES, NA FRANÇA...REZAMOS NO QUARTO DE SANTO ANTÔNIO, EM LISBOA...AJOELHEI-ME NO MESMO GENUFLEXÓRIO ONDE SE AJOELHO O PAPA JOÃO PAULO SEGUNDO...PEDIMOS ESTA GRAÇA...
PAULO E BRENA COMEÇARAM A NAMORAR COM 14 ANOS, NO COLÉGIO MARISTA...FOI O SEU PRIMEIRO NAMORADO...ESTÃO CASADOS HÁ DOZE ANOS...
QUANDO ELA ESTAVA PRESTES A FAZER 4.0 TIVE A SEGUINTE CONVERSA:BRENA, PRECISAMOS APRENDER A FAZER A LEITURA DAS COISAS...SE NÃO ENGRAVIDASTES ATÉ HOJE, EXISTE UM MISTÉRIO, QUE DEVE SER RESPEITADO...UM MISTÉRIO SE COMPREENDE MAS NÃO SE EXPLICA...
BRENA, VIA OLX, COMPROU UM CACHORRO VIRA LATAS E O ADOTOU COMO FILHO...ZECA...
ZECA É LINDO...É O VIRA LATA MAIS BONITO QUE EU CONHECI...MEIGO...EDUCADO...AFETUOSO...LIMPO...
ZECA VERANEOU COM A GENTE EM PIRANGI...ACHO QUE O SEU OUTRO NOME É A PAZ...TROUXE TRANQUILIDADE...PAZ...FOI UM GRANDE ANSIOLÍTICO...
PAULO E BRENA O TRATA COMO UM FILHO...COM DIREITO A TODAS AS ATENÇÕES E TODOS OS MIMOS...
MAS DE REPENTE, PREVALECE O APOCALIPSE:EXISTE UM TEMPO PARA CADA COISA...
BRENA ENGRAVIDA AOS 4.0...E É UM HOMEM...E SE CHAMA MÁRIO...EM HOMENAGEM A MARIA SANTÍSSIMA...SE FOSSE MULHER SE CHAMARIA MARIA...
A NOSSA FAMÍLIA SE ENCHEU DE MAIS ALEGRIA...REPETI O QUE VENHO REPETINDO MILHÕES DE VEZES, NO IDIOMA QUE JESUS FALAVA:O ARAMAICO:
EBENÉZER: ATÉ AQUI O SENHOR NOS TEM AJUDADO...OU O SENHOR NUNCA NOS FALTOU...
TAÍ PAULO E BRENA O QUE O AMOR GEROU...QUE ELE SEJA SADIO E MUITO FELIZ...E QUE TENHA A FELICIDADE DE VER UM BRASIL MELHOR...
LOUVADO SEJA O NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
EU QUERIA TER UM RIO CHEIO PARA TANSBORDAR COM ELE...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
Se me pergunto, hoje, qual é o meu maior desejo, respondo:
queria SER UM RIO CHEIO...QUERIA TER UM RIO CHEIO, PARA PODER TRANSBORDAR...
Vendo tanta chuvas, os rios trasbordando,águas correndo, rompendo barreiras, eu desejei ser dono de um rio...
Há como os meus desejos são estranhos...ímpares...gostaria de ver os pássaros atravessando, voando , de uma margem a outra, cantando orações que o meu coração aprendeu a escutar...desde muito cedo...
Gostaira de ter galos de campina voando de um coqueiro para outro, para cada vez mais comprovar que uma gaiola é uma coisa muito pequena, ínfima, para quem nasceu para voar,e cantar para o mundo, para todos,a melodia que vem de Deus...
Prender uma asa é encarcerar o espírito...
Uma vida só tem sentido se ela for livre...
Livre como são os pensamentos,permanentes como são os sonhos,rutilantes como são as hemorragias,exatas como as coisas de Deus...sublimes coma os desígnos do céu, que nem sempre a vida entende...
Tenho a convicção plena de não poder justificar mistérios, assim como não posso justificar absurdos.
sexta-feira, 27 de abril de 2018
O HOMEM QUE JÁ MORREU...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
Não sou de perder a piada, nem tampouco perder o amigo....
Gosto de denunciar o sorriso, o engraçado,mesmo quando ele se encontra oculto...
Sou um descobridor de emoções...é esta a grande missão do poeta...do escritor...a arte existe por que a vida, sozinha, não basta...
Sou um rato de supermercado...gosto dos tabuleiros...farejo promoções...gosto de comprar...
Estou num supermercado olhando as frutas, e enxergo um conhecido que já faz uns três anos que já morreu...eu disse a mim: é ele...não tenho dúvidas...se por acaso eu errar, trata-se de um irmão deste...fiquei pensando numa maneira de aborda-lo e tirar MINHA DÚVIDA...
Vou cumprimenta-lo e perguntar:JÁ FAZ UNS TRÊS ANOS QUE VOCÊ MORREU? COM CERTEZA DEVERIA Escutar como resposta:não, aquele era o meu irmão...só quem faz duas pessoas parecidas assim são os mesmos óvulos e espermatozoides...
Ensaiei me aproximar do senhor,de uns 60 anos, mas de repente pensei, refleti: este homem pode não ter nada com esta história, e se não tiver e for temperamental, é capaz de querer me bater...pensei bem e desisti...
Ontem estava noutro supermercado, quando olho de lado, lá estava o meu defunto...eu disse: ele tá me perseguindo...e fiz que não via...
vade retro,satanás.
E saí resmungando:
sei que vou morrer e não vejo tudo.
quinta-feira, 26 de abril de 2018
No Tempo da Delicadeza...por Bernardo Celestino Pimentel
Cada dia que passa eu sinto falta da delicadeza...
Como estamos nos embrutecendo?
A Consideração está se acabando, dando lugar ao cinismo...
A MEDICINA, e sobretudo A MEDICINA se resumindo a uma atividade comercial como outra qualquer...
Como os homens estão frios,neutros, apáticos, pragmáticos, fúteis e carentes do bem...
Esquecemos o que uma vez falou o Poeta das Xananas:
Das ARTES, é a de curar a que mais se aproxima de Deus...
A CARIDADE , nesta terra, neste país , passou a ser um palavrão...um nome feio...
Lembrei me do Dr Luiz Antônio Ferreira dos Santos Lima, médico do naipe do Dr José Tavares...Dr Luiz Antônio, que hoje é somente um nome de hospital foi o grande criador da LIGA...
Certa vez o citado médico, irmão da minha avó materna, ANNA LIMA, a poetisa, estava atendendo no seu consultório, na rua Gonçalves Ledo...entra para se consultar um velhinho, tremulo, desnutrido,minguado,deprimido, sinalizando O FIM DA ESTRADA...
Tio Luiz Antônio o observa, pergunta o seu nome , o reconhece e o abraça...e apertando o velho contra o peito pontifica:
Que alegria seu alegria...como estou feliz em poder lhe consultar...hoje é um dia dos mais felizes para mim...o dia que eu me reencontro com o palhaço que me fazia sorrir , no circo, na minha infância...o senhor era a alegria da criançada do meu precioso tempo de criança...disponha dos meus préstimos...faço questão de ser seu médico, e chamou a secretária e devolveu o dinheiro da consulta...
Viu o sorriso do palhaço estampar na sua face...o velhinho sorriu e comoveu-se e o Doutor ratificou: toda vez que precisar de um médico pode vir aqui me dá este prazer...
Finalizo lembrando o meu eterno dentista, Dr. Gilberto Tinoco, que repetia sempre:
Saudades de agora, jamais...
Eu tenho saudade é do tempo que as 4horas da manhã o padeiro colocava um saco de pão no parapeito da nossa janela, depois o leiteiro colocava um depósito com cinco litros de leite...quando mamãe acordava, abria a janela, e ninguém tinha mexido em nada...
Era o tempo da delicadeza...
quarta-feira, 18 de abril de 2018
MORREU QUEM NASCEU PARA SONHAR E CANTAR: DONA YVONE LARA
Quem não veio de lá?
Quem não veio de pequeneninho?
Quem não nos disse que eram demais OS PERIGOS DESTA VIDA ?
Era assim que dizia Dona Yvone Lara, que nos deixou há 48 horas...ou seja, nasceu há 48 horas...
É dificil compreender, mas o verdadeiro nascimento é a morte...
Não existe morte para a morte...ela é eterna, permanente,inadiável, inexorável...
A morte é o nascimento para o eterno...
Não existe remédio para não morrer...
Ninguém faz omeletes sem quebrar os ovos...
Dona yvone Lara,uma grande compositora, enfermeira do Hospital de Bom Sucesso no Rio de janeiro, gravou o seu primeiro CD aos 65 anos e revelava-se:
Nascí para sonhar e cantar...
possuia uma linha melódica somente sua, própria, inconfundível...compunha e cantava melodias lindas,capazes de mexer com o cotidiano de cada um...compunha em cima da beleza das coisas simples, e é de coisas simples o esconderijo do belo, no mundo...
Relembrava o candeeiro da vovó...quem nasceu e se criou onde não existia energia elétrica sabe da responsabilidade e do apego que os antigos tinham pelo candeeiro...era a luz...um tesouro para os olhos e para a mente...
Falando em luz, me lembrei da minha infãncia e do Desembargador Floriano Cavalcanti, personagem presente e frequente na casa de meu avô, Celestino Pimentel...
Certa vez, eu criança, estava aperreando a minha mãe, querendo que ela me desse um óculos escuro...insistia, chateava...foi quando o Desembargador me disse esta: Bernardo, seus olhos foram feitos para ver a luz do sol...eu em plena infãncia pude me surpreender com a interpretação da sua oração, e descobrir o belo numa simples frase...
Sempre canto alguém me avisou, uma canção eterna de Dona Yvone...Acho linda o candeeiro da vovó, e Nascí para sonhar e cantar foi a revelação MAIS BONITA, de se dizer poeta.
Sem sombra de dúvidas, foi a compositora femenina mais importante da MPB...um linguajar á altura de Vinicius de Moraes, QUE APESAR DE CHICO BUARQUE E ALDIR BLANC, AINDA É O MELHOR...
domingo, 15 de abril de 2018
EM BUSCA DA PERFEIÇÃO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...
NÃO TENHO DÚVIDAS:
O QUE MAIS APROXIMA UM HOMEM DE DEUS É A CARIDADE...PRÁTICA QUE FAZEMOS-A PARCIALMENTE...
A MINHA MÃE. JÁ VELHINHA, VIVIA A REPETIR:
UMA COISA QUE NUNCA ME ARREPENDI DE TER FEITO FOI A CARIDADE...
O SOVINO, CUJA PATACA UM DIA O DIABO CARREGA, SEGUNDO MARIA MACIEL, A DONA MATUTA DO NOVA CRUZ HOTEL , NO MEIO DO SÉCULO PASSADO, VIÚVA DE LUIZ MACIEL, QUE FALECEU ESTE ANO EM RECIFE, NA CASA DE 90 ANOS...FOI A MATUTA MAIS SABIDA QUE CONHECI...ÉRAMOS AMIGOS...AMIZADE HERDADA DA MINHA MÃE...
MARIA NÃO SABIA LER...ERA DISLEXICA...SEU GENRO, ENGENHEIRO, TENTOU ALFABETIZA-LA MAS ELA NÃO CONSEGUIA APRENDER LER NEM AS SÍLABAS...APESAR DISTO, ENTENDIA E OPINAVA SOBRE TUDO...ERA MINHA HÓSPEDE EM NATAL, QUANDO VINHA DO RECIFE...TINHA A RESPOSTA EXATA PRA TUDO...
MAS VOLTEMOS A CARIDADE...A CARIDADE MAIS DIFÍCIL DE SER FEITA É AQUELA QUE MEXE NO BOLSO...A QUE TIRA O DINHEIRO...
TINHA UMA TIA, QUE POR DIALÉTICA DIZIA: CARIDADE NÃO É DAR DINHEIRO...É TAMBÉM ORIENTAR...ACONSELHAR...REALMENTE ELA ESTAVA CERTO, MAS A MAIS DIFÍCIL DE EXECUTAR É AQUELA QUE ENVOLVE A GRANA...
COMO SOMOS APEGADOS AOS REAIS??????
ME IMPRESSIONEI ESTA SEMANA COM UMA CRÔNICA QUE DISTO TRATAVA: COMO QUEREMOS COMPRAR DE GRAÇA AS COISAS QUE SÃO VENDIDAS PELOS POBRES E PELOS NECESSITADOS????
É O HOMEM QUE BATE A SUA PORTA PARA VENDER UM ESPANADOR E VOCÊ PERGUNTA:VOCÊ FAZ POR QUANTO TRÊS ESPANADORES...O SENHOR RESPONDE FAÇO POR DEZ REAIS, APESAR DE CADA UM CUSTAR CINCO...MAS ESTOU NECESSITADO....HOJE NÃO VENDI NADA...COMO INSISTIMOS EM COMPRAR DE GRAÇA AS COISAS DOS POBRES?
É A MULHER QUE AO ENTRAR NO RESTAURANTE,SE DEPARA NA CALÇADA COM UM POBRE VENDENDO CASTANHAS...LHE PERGUNTA:
QUANTO É UM SAQUINHO?
O SENHOR RESPONDE É DEZ REAIS, MAS FAÇO OS TRÊS POR VINTE,POIS HOJE NÃO VENDI NADA...A SENHORA RESPONDE:
EU VOU DAR QUINZE REAIS EM TRÊS SAQUINHOS, E JÁ VAI METENDO A MÃO NA BOLSA E PAGANDO...O HOMEM ENTREGA AS CASTANHAS...SE RENDE...COMO QUEM SE ENTREGA A UM CARRASCO...
A SENHORA ENTRA NO RESTAURANTE E ENCONTRA TRÊS AMIGAS, SE SENTAM PARA COMEMORAR O ENCONTRO,PEDEM DOIS CAMARÕES Á GREGA E UMA GARRAFA DE VINHO B e G, DE UVAS PINOT NOIR...
NO FINAL DA NOITADA, A CONTA DÁ 180.000 REAIS PARA CADA UMA...ELAS PAGAM SEM NENHUM RECLAMO, SEM PECHINCHAR...
UM GARÇOM QUE ACOMPANHAVA A CENA RACIOCINOU, COMENTANDO COM OUTRO GARÇOM:
ESTA SENHORA FEZ UMA CONFUSÃO TÃO GRANDE NA HORA DE COMPRAR AS CASTANHAS, MAS PAGOU A CONTA DO JANTAR NUMA BOA...É ASSIM A HUMANIDADE...
PRECISAMOS REFLETIR PARA NÃO COMETERMOS TANTA INJUSTIÇA...
NÃO REGATEEMOS DO POBRE QUE ESTÁ VENDENDO....SE HOUVER ALGUMA GORDURA NO SEU PREÇO, É A CARIDADE DA GENTE QUE VAI EMBRULHADA...
ME LEMBREI DE UMA CENA QUE PRESENCIEI QUANDO ERA CRIANÇA....
UMA MADAME AUTORIZOU A FILHA A DAR UM VESTIDO USADO A UMA PEDINTE...O VESTIDO ESTAVA BASTANTE SURRADO, MAS PARA A MULHER CARENTE FOI MOTIVO DE UM SORRISO, DE SATISFAÇÃO...
A COISA MELHOR DO VESTIDO ERAM SEUS BOTÕES BONITOS...NA HORA DA ENTREGA , A SENHORA DIZ PARA A FILHA,DÊ SOMENTE OS VESTIDO, ARRANQUE E FIQUE COM OS BOTÕES....
VALE REPETIR SÃO PAULO:ENTRE A FÉ E O AMOR, O MAIS IMPORTANTE É A CARIDADE...
ISTO TAMBÉM VALE PRA MIM, QUE AS VEZES DESAFINO...
A CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO...
6 – Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade. (Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13).
7 – São Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que diz: “Se eu falar as línguas dos anjos; se tiver o dom de profecia, e penetrar todos os mistérios; se tiver toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. Entre essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade”. Coloca, assim, sem equívoco, a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crença particular.
E faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a, não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.
A POESIA E A MÚSICA DE BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...
SEGUNDA PARTE...
HÁ ALGUNS ANOS PARTICIPEI DO PROGRAMA DE TV DA MINHA AMIGA LUCINHA LYRA: O CANTO DA LYRA...
NESTE PROGRAMA MOSTRO UM POUCO DA MINHA POESIA E DA MINHA MÚSICA...
sexta-feira, 13 de abril de 2018
UMA CRÔNICA BONITA...
Na despedida por aposentadoria da UFRN das nefropediatras Luiza e Mônica, Dr. Hélcio Maranhão fez essa belíssima crônica em homenagem às duas. Vale a leitura:
Antes de se falar em despedida, hoje é o dia de se falar em A M I Z A D E.
Fred e Barney, para os antigos desenhos
Batman e Robin, para as TVs de tubo
Roberto e Erasmo, para a Jovem Guarda
Vinícius e Tom, para a Bossa Nova
João Grilo e Chicó, para o teatro de Suassuna
Thelma e Louise, para as telas do cinema
Luíza e Mônica, para a pediatria.
Dom Quixote e Sancho Pança
Da literatura para a vida real.
Fred e Barney, para os antigos desenhos
Batman e Robin, para as TVs de tubo
Roberto e Erasmo, para a Jovem Guarda
Vinícius e Tom, para a Bossa Nova
João Grilo e Chicó, para o teatro de Suassuna
Thelma e Louise, para as telas do cinema
Luíza e Mônica, para a pediatria.
Dom Quixote e Sancho Pança
Da literatura para a vida real.
Ureia e creatinina, para os acadêmicos de medicina.
Sim, cada uma é como o rim
Direito e esquerdo
Côncavo e o convexo
Porém, mantendo-se independentes, se completam
Se unem em seu final
Para formarem um sistema imprescindível
Primordial, essencial.
Direito e esquerdo
Côncavo e o convexo
Porém, mantendo-se independentes, se completam
Se unem em seu final
Para formarem um sistema imprescindível
Primordial, essencial.
Duas amigas inseparáveis
Em objetivos, ideais e princípios.
Menos em personalidades.
Autênticas!
Em objetivos, ideais e princípios.
Menos em personalidades.
Autênticas!
Uma de família patriarcal, única filha
Nascida em Natal,
Espaços e atenção de sobra.
Crescera já conhecendo o movimento da capital.
Por circunstâncias do destino, que choque!
Assumiu logo cedo a paternidade da casa.
Havia de ser forte, combativa, idealista.
Assim, fora ensinada.
Não havia tempo a perder.
Outra de família matriarcal, de numerosos filhos,
Nascida e crescida em Marcelino Vieira.
Chegara a Natal mal completara a adolescência,
Trazendo consigo as tradições de sua terra
E todos os sonhos de menina até então acumulados.
Cresceu, aprendeu, realizou, amadureceu.
Aumentou o tom da voz. Quase gasguita.
Suas saias se tornaram cada dia mais curtas.
Libertou-se!
Liberdade essa que não se confunde com descompromisso.
Na estrada da vida, passara a assumir o papel de mãe.
Mesmo antes da sua própria, tão forte, começar a se isolar em pensamentos.
Provê, agrega, une. Mantem a casa cheia.
Antes de pensar em si, agrada.
Pela simples recompensa de ver os seus e os outros felizes.
Nascida em Natal,
Espaços e atenção de sobra.
Crescera já conhecendo o movimento da capital.
Por circunstâncias do destino, que choque!
Assumiu logo cedo a paternidade da casa.
Havia de ser forte, combativa, idealista.
Assim, fora ensinada.
Não havia tempo a perder.
Outra de família matriarcal, de numerosos filhos,
Nascida e crescida em Marcelino Vieira.
Chegara a Natal mal completara a adolescência,
Trazendo consigo as tradições de sua terra
E todos os sonhos de menina até então acumulados.
Cresceu, aprendeu, realizou, amadureceu.
Aumentou o tom da voz. Quase gasguita.
Suas saias se tornaram cada dia mais curtas.
Libertou-se!
Liberdade essa que não se confunde com descompromisso.
Na estrada da vida, passara a assumir o papel de mãe.
Mesmo antes da sua própria, tão forte, começar a se isolar em pensamentos.
Provê, agrega, une. Mantem a casa cheia.
Antes de pensar em si, agrada.
Pela simples recompensa de ver os seus e os outros felizes.
A vida é sábia ao apresentar tantas encruzilhadas.
Pois é nelas que os caminhos se convergem.
História de vidas distintas aí se encontram.
Pediatria. A arte mais próxima do amor às crianças.
Com ela, chega a amizade.
Aquela velha amizade que entra sem pedir licença,
Antecedentes ou carteira de identidade.
Pois é nelas que os caminhos se convergem.
História de vidas distintas aí se encontram.
Pediatria. A arte mais próxima do amor às crianças.
Com ela, chega a amizade.
Aquela velha amizade que entra sem pedir licença,
Antecedentes ou carteira de identidade.
Àquela altura, Luiza já ganhara uma espécie de referência paterna.
Dra. Eleide Fontes. Apesar de mulher, paterna na sua postura.
Professora pediatra entusiasta da nefrologia,
Abriu caminhos para que a sua “residente” mais querida chegasse à especialidade.
Quantos sonhos são realizados em outros!
Entre razão e emoção, velho dilema da humanidade,
Luiza clamou: Misericórdia! Minha acolhida será em Santa Casa.
E assim partiu.
E partindo o coração de dona Geralda que ficara solitário.
Dra. Eleide Fontes. Apesar de mulher, paterna na sua postura.
Professora pediatra entusiasta da nefrologia,
Abriu caminhos para que a sua “residente” mais querida chegasse à especialidade.
Quantos sonhos são realizados em outros!
Entre razão e emoção, velho dilema da humanidade,
Luiza clamou: Misericórdia! Minha acolhida será em Santa Casa.
E assim partiu.
E partindo o coração de dona Geralda que ficara solitário.
Quando a partida tem volta é sabedoria.
Apesar de ninguém voltar ao que deixou.
Já se é outro. Tempo e lugar.
Mas, toda volta traz consigo o reconhecimento, a gratidão e o conhecimento.
Pioneira no percurso, Luiza deixara o caminho aberto para Mônica.
Ela também partiu. E lá se vai morar na cidade grande.
“Tem os olhos tristes deixando os companheiros na estação distante”.
Chamara “de mau gosto o que viu, de mau gosto, mau gosto.
É que Narciso acha feio o que não é espelho.
E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho”.
Ou seja, aquilo que “é o avesso do avesso do avesso do avesso”.
“Tem os olhos tristes deixando os companheiros na estação distante”.
Chamara “de mau gosto o que viu, de mau gosto, mau gosto.
É que Narciso acha feio o que não é espelho.
E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho”.
Ou seja, aquilo que “é o avesso do avesso do avesso do avesso”.
Retomada a convivência em Natal, as meninas Toporovski agora adquiriram vida própria.
Entusiasmadas e inovadoras, fizeram da Nefropediatria HOSPED-UFRN uma referência regional.
De posturas atenciosa, comprometida, ética e atualizada, contribuíram sobremaneira e de forma pioneira para a saúde das crianças com enfermidades renais do Estado.
Contagiantes, são exemplo e estímulo para muitos seguirem seus caminhos, contribuindo para o engrandecimento da especialidade e plantando sementes nos férteis solos de seus alunos e médicos residentes, seja de pediatria, seja de nefrologia pediátrica, que outrora existiu por suas iniciativas.
E foram tantos e ainda são.
Entusiasmadas e inovadoras, fizeram da Nefropediatria HOSPED-UFRN uma referência regional.
De posturas atenciosa, comprometida, ética e atualizada, contribuíram sobremaneira e de forma pioneira para a saúde das crianças com enfermidades renais do Estado.
Contagiantes, são exemplo e estímulo para muitos seguirem seus caminhos, contribuindo para o engrandecimento da especialidade e plantando sementes nos férteis solos de seus alunos e médicos residentes, seja de pediatria, seja de nefrologia pediátrica, que outrora existiu por suas iniciativas.
E foram tantos e ainda são.
Amante da simplicidade, assim como as homenageadas, Cora Coralina parece resumir a trajetória de cada uma delas com palavras que só a poetisa-doceira da cidade de Goiás poderia saudar:
“Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir."
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir."
Agora, seus corações apertam diante nova decisão. Já se pode ouvir a Canção da Despedida:
“Já vou embora...
Amor não chora, que a hora é de deixar
O amor de agora pra sempre ele ficar”
Amor não chora, que a hora é de deixar
O amor de agora pra sempre ele ficar”
Em resposta à melodia, outros e tantos corações as respondem:
“Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Somos nós, assim sem vocês.
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Somos nós assim sem vocês.
Por que é que tem que ser assim
Se o nosso desejo não tem fim
Lhes queremos a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por nós
Por quê?”.
Romeu sem Julieta
Somos nós, assim sem vocês.
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Somos nós assim sem vocês.
Por que é que tem que ser assim
Se o nosso desejo não tem fim
Lhes queremos a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por nós
Por quê?”.
OBRIGADO
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