quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

A POESIA DE CARLOS PENNA FILHO...


SONETO – Carlos Pena Filho
Por seres bela e azul é que te oferto 
a serena lembrança desta tarde: 
tudo em torno de mim vestiu um ar de 
quem não te tem mas te deseja perto.
O verão que fugiu para o deserto 
onde, indolente e sem motivos, arde, 
deixou-nos este leve e vago e incerto 
silêncio que se espalha pela tarde,
Por seres bela e azul e improcedente 
é que sabes que a flor, o céu e os dias 
são estados de espírito, somente,
como o leste e o oeste, o norte e o sul. 
Como a razão por que não renuncias 
ao privilégio de ser bela e azul.

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