domingo, 20 de dezembro de 2009

A CASA FRANCISQUINHO BEZERRA.


FOMOS CRIADOS DESPACHANDO NO BALCÃO... O COMERCIO DE MEU PAI ERA GRANDE E PONTIFICOU SETENTA ANOS...importava bacalhau da Noruega... comprava dois vagões de trem de QUEROSENE, DA SHELL, para os candeeiros e os fogões dos agrestinos... FORNECÍAMOS O GAZ PARA TODAS AS LAMPARINA S DA CIDADE. O FOSFORO era comprado em caminhão, na FIAT LUX, a vista... a manteiga turvo vinha de minas ,era comprada em CESAR E CESAR, que representa varginhas mg. O baralho 139 vinha da copag, mg.

MAS, tudo passa... e niguem volta ao que acabou... quantas vezes escutei esta frase de minha mãe, para que a calma voltasse...


Recebo agora um manuscrito da minha irmã professora, VALERIA, com algumas poesia de João LINS caldas. me lembrei do velho comercio: CASA FRANCISQUINHO BEZERRA...HÁ SETENTA ANOS NO CORAÇÃO DA CIDADE.

A MEU IRMÃO( J0AO LINS CALDAS)


MEU IRMÃO QUANTA POBREZA,

DA NOSSA HERANÇA NOS RESTA,

TU NUNCA ACHASTES RIQUEZAS,

EU NUNCA ACHEI UMA FESTA.


NO MUNDO DOS DESVALIDOS,

NO MUNDO DOS DESGRAÇADOS,

VÃO SOLUÇANDO ENVOLVIDOS,

OS NOSSO PRANTOS LIGADOS.


MAMÃE QUE REZA CONTRITA,

POR ESTA VIDA REVOLTA,

OS NOSSOS NOMES AGITA,

NAS MESMAS PRECES QUE SOLTA.

PAPAI, SE OS MORTOS PADECEM,

SE SOFREM MARTIRIO ETERNO,

TEM DAS CHUVAS QUE APARECEM,

NOS MEUS OLHARES DE INVERNO.



post scriPt.POR FAVOR ME TELEFONEM, SE VOCES ENCONTRAREM EM ALGUM LUGAR
UMA ESPECIE DE BAZAR, ONDE OS SONHOS ESCONDIDOS VAO PARAR...

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Bernardo,
    Andei dando umas voltas pelo seu blog e gostei muito do que vi e li.
    Por coincidência, nesta semana tive essa sua mesma alegria de ver um filho colando grau em Medicina pela UPE.
    Voltarei sempre, certo de encontrar as estórias e a infância novacruzenses
    Domicio Arruda.

    ResponderExcluir