terça-feira, 2 de outubro de 2018
DE QUANDO EU TINHA UM TESOURO....POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
LIA quer dizer trabalhadora...
Eu era o cós de saia de uma LIA, minha doce mãe...ela dizia que eu era o seu fim de rama, por que era o caçula...
Nasci temporão, ela já me teve com 44 anos...aprendi com mamãe grandezas da terceira dimensão...as da alma...como a tolerância...a compaixão... o perdão... e sobretudo a necessidade de se fazer caridade...
Da segunda dimensão, da alma, do eu profundo, da vida interior, herdei o tropismo pelas letras, pela poesia, pela palavra escrita...a loquacidade, a empatia...
Sou Fã incondicional de Fernando pessoa...somos irmãos, no bem querer e nos ascos...tememos, como mamãe, o ridículo das pequenas coisas...sofremos com eles...não suportamos quando tropeçamos, quando nos omitimos,ou quando impomos a neutralidade onde deveríamos puxar armas...
MAS ontem, vi o valor da minha mãe,através de uma trova, de sua autoria...disse a mim mesmo:nestes versos ela superou o poeta protugues Fernando Pesssoa...
Revendo os meus alfarrábios, encontro um santinho, que foi o convite que mamãe mandou fazer , convidando para a minha primeira comunhão...
No dorso do santinho, do convite , tem uns versos seus, explicando a importância do evento, de forma maioral, sublime, celestial...
E como foi o convite que trazia os
seus versos:
outrora jesus dissestes,
que a tua fronte celeste,
não tinhas onde pousar...
hoje ofereço-te abrigo,
no meu coração amigo,
podes tranquilo sonhar...
Lembrança da minha primeira comunhão, feita no Colégio Nossa Senhora de Carmo , em 9 de dezembro de 1962...
Fiz a primeira comunhão com quatro jovens:
Socorro patriota, gladys soares, Vânia Mendonça e verlúsia Mendonça.Tinha apenas sete anos.
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