domingo, 8 de julho de 2018

FAZENDO VERSOS COMO QUEM JÁ MORREU...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL



               Quando criança tinha crises de cansaço...tinha grande broncoespasmos...todos resolvidos por dr.octacílio lyra,de madrugada,escutando mamãe dizer que eu estava morrendo...nunca foi usada uma injeção nem de corticoide nem de adrenalina...nunca fui pra Pronto socorro, que não existia em nova cruz...
               Saía destas crises com medicação oral,sem tomar oxigênio , que também não tinha em Nova Cruz...tomava xaropes broncodilatadores, expectorantes, antibióticos,antitérmicos...me lembro de Fenergan expectorante, de diolasa, de codelasa...o que muito me aliviava era uma banha massageada no peito por mamãe:TRANSPULMIN ou VICK VAPORUB...ainda hoje não passo sem o VICK...é artigo da minha feira...
               Afora o citado, o remédio constante e permanente era lambedor de ANGICO COM CUMARU,um dos melhores expectorantes que eu conheço...
               Uma vez, minha mãe me trouxe a um especialista em Natal...
ele deu o seguinte diagnóstico:
é uma bronquite cronica, devido a obesidade da criança...me  prescreveu um regime, adoçar com SUÍTA( o primeiro adoçante) E PRESCREVEU UM ANTINFLAMATÓRIO: deazin DE ANGELIS, QUE JÁ NÃO EXISTE MAIS...um antinflamatório retirado do ABACAXI.
          Seu Rosemiro,da farmácia confiança dizia:
              Comadre  Lia, Bernardo vai morrer muito cedo...mamãe interrogava: por que compadre?
            ele respondia:por que ele respira mal...o certo é que nunca morri....se já morri não me lembro...apesar de fazer versos como quem já morreu.

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