quarta-feira, 26 de julho de 2017

A POESIA DE BERNARDO CELESTINO PIMENTEL: IMERSÃO...


            FECHANDO A TRAMELA DA JANELA QUE DÁ PARA A RUA...
ABRINDO A BRECHA QUE DÁ PARA DENTRO DE MIM...
PERCORRO UM VÃO SUBTERRÃNEO DE DENTRO DE MIM...
ENCONTRO  A ANTÍTESE DA MINHA VIDA...
DOU COM A MINHA COROA DE REI, AGORA JÁ SEM TRONO...
PESCO NO POÇO DOS MEUS SONHOS...
IÇO OS INSTANTES MAIS DESEJADOS...
PERCORRO -ME E NÃO ENCONTRO-ME...
NO CHÃO UM POETA MUDO...
COLHO AS SINFONIAS DA CANÇAÕ QUE NÃO COMPUZ...
SINTO O TOM MAIOR...
LEVITO E ADORMEÇO COM A MINHA PRÓPRIA MÚSICA...
SONHO COM O DESCONEXO,
O SONHO DOS SONHOS,
RELEMBRO ESTRELAS,
NO MEU LATIFÚNDIO...

A VIDA ESCORRE POR ENTRE OS DEDOS...
O TEMPO É BREVE,
A MINHA ALEGRIA É QUANDO,
O AMOR ARREBENTA COMO UMA HEMORRAGIA...
CINTILA NOS MEUS OLHOS DESEJOS,
TERRAS QUE SONHEI,
BOCAS QUE EU NÃO SENTÍ,
O ÚLTIMO INSTANTE,
A ÚLTIMA CENA.
A ALMA GRITANDO,
QUE PENA!!!
NA CARTA QUE VOA,
NOTÍCIAS DOS MEUS RASTROS,
UM TERNO,
SURRADO.

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