terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

RETRATO TRES POR QUATRO DA VIDA...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...




          Tempo triste para  o meio médico...
          Perdemos em um ano Dr. Luciano Araújo, neurocirurgião, Dra Marilda, esposa do Dr. Edésio,Dr Benedito , ortopedista,Dr Jessé , ortopedista,Dr Márcio , ortopedista,Dr Iram, cardiologista, Dr Monte, oftalmologista,Dr Anchieta, meu primeiro oculista, Dr. Ernani Rosado,e nós, os vivos, continuamos gemendo e chorando neste vale de lágrimas...
          Tanta guerra, tantas lutas,temos que caminhar e sentir na nossa caminhada para a morte...
          Quantas vezes nos esquecemos disto no decorrer da vida, e teimamos em tirar leite de pedras, como se fôssemos eternos, senhores eternos da vida...
          Ledo engano...a nossa existência é menos que um segundo no grande placar do tempo, desde que a ampulheta do tempo disparou...
          Mantenho os olhos no horizonte, no mar, onde ele se encontra com o céu...é o mar de Pirangi...vejo o altar de Deus, que é forrado pela toalha azul, que é o próprio mar...me extasio diante da imensidão...
          há quantos desejos que buscamos fitando o horizonte...desejos que talvez nunca cheguem a África, por que não comportam na nossa vida...
          Pirangi, a cobiça de todos, com este mar imenso e lindo,que já acomodou tantos sonhos, tantos desejos, tantos pedidos, tantas inconfidências?
          Mas a vida é fugaz, e não passa de 
 um dia, no calendário de Deus...
          Enquanto isto, vamos continuar trocando miolo de cabeça por miolo de pão,gemendo e chorando neste vale de lágrimas, e quando queremos nos sufocar de tanta angústia, resta-nos o sonho e a poesia, para aliviar a angústia que suja os homens, como disse Newton Navarro.
          como disse Clarice Lispector: mas amar eu posso faze-lo até morrer...
          E como diz Santa Terezinha:
          Só Deus é suficiente...
          Só  Deus, é suficiente...
          Só , Deus é suficiente...
27 fevereiro 2017FRASES POÉTICAS DE LYA LUFT
Categoria: CULTURA POPULAR - Aristeu Bezerra
“Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce.”
“Uma coisa não podemos perder, e se perdermos vamos recuperar, e se nunca tivemos é preciso aprender: o humor, sem o qual tudo acaba com cheiro de naftalina em armários longamente fechados.”
“Cultivo alegrias no jardim onde estamos eu, os sonhos idos, os velhos amores e seus segredos.. .”
“Nem acredites se pensas que te falo: palavras são meu jeito mais secreto de calar.”
“A vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada, eventualmente reprogramada, conscientemente executada, muitas vezes ousada.”
“Sonhos são feitos de espuma.”
“Não saber exatamente o que queremos, mas procurar, achar e perder, e continuar buscando, na mais saudável inquietação, é que torna a vida tão fascinante, e faz valer a pena.”
“Ardo na minha contradição, desabrocho na minha dúvida, faço da vida um presságio e da verdade um pressentimento.”
“O mal parece não ter conserto: corrige aqui, piora ali.”
“Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade .”
“Meu território é outro… faço parte da manada que corre para o impossível!”
“O Bosque existe: é um dos lugares mágicos, onde minha imaginação anda de mãos dadas com a realidade.”
“Podemos inventar qualquer coisa que nos dê alegria, um amigo, um caminho. Qualquer coisa que nos ajude a escapar.”
“Que a gente se divirta sem se matar, que ame sem se contaminar, que aprenda sem se enganar, que viva sem se vender.”
“Andamos tão desencantados que ser decente parece ser uma virtude, ser honesto ganha uma medalha e ser mais ou menos coerente merece aplausos.”
“Penso em ficar só, mas minha natureza pede diálogo e afeto.”
“E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.”
“Mudar, por pouco que seja, faz parte da nossa pequena guerra individual e cotidiana.”
“Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.”
“Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega.”
* * *
Lya Fett Luft nasceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, no dia 15 de setembro de 1938. Sua produção literária reúne poesias, ensaios, contos, literatura infantil, crônicas e romances. Foi tradutora e professora universitária e, atualmente, é colunista da Revista Veja. Em 2013, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, com a obra “O Tigre na Sombra” , eleita a melhor obra de ficção de 2012 na categoria romance.
ARISTEU BEZERRA LYA LUFT

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MACHADO DE ASSIS: A CASA DE MATA-CAVALOS.


Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá. Um dia, há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra, que desapareceu. Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e salas. Na principal destas, a pintura do tecto e das paredes é mais ou menos igual, umas grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos blocos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do tecto as figuras das estações, e ao centro das paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes por baixo… Não alcanço a razão de tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim decorada; vinha do decênio anterior. Naturalmente era gosto do tempo meter sabor clássico e figuras antigas em pinturas americanas. O mais é também análogo e parecido. Tenho chacarinha, flores, legume, uma casuarina, um poço e lavadouro. Uso louça velha e mobília velha. Enfim, agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é pacata, com a exterior, que é ruidosa.
O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo.




OBS. DESDE O CURSO GINASIAL QUE ADMIRO ESTE TEXTO... É A CONSTATAÇÃO DE QUE NINGÚEM VOLTA AO QUE ACABOU...

AS VEZES, TEMOS SAUDADES DEMAIS DE OUTRO TEMPO, OUTRA VIDA, OUTRAS CIRCUNSTANCIAS... SE PUDÉSSEMOS RETORNARÍAMOS AO QUE ACABOU, E COM CERTEZA CHEGARÍAMOS ÁS CONCLUSÕES DO NOSSO ESCRITOR... FALTARIA A GENTE MESMO, E ESTA LACUNA SERIA TUDO. SE NA INFANCIA EU TINHAS LADEIRAS PARA CORRER, MAS TINHA TAMBÉM OUTRAS PERNAS...






..








CLARICE LISPECTOR:AMAR EU POSSO FAZE-LO ATÉ A HORA DE MORRER...



               Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. 
Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

ARIANO SUASSUNA...

PERNAMBUCANOS HONORÁRIOS (II)

POR JO.SÉ DOMINGOS BRITO

Ariano Suassuna passou a maior parte de sua vida no Recife. Por motivos óbvios, mantinha um certo afastamento de sua terra natal, a Paraíba. Este título de cidadão honorário pouco lhe acrescenta na sua longa lista de homenagens, é apenas mais um reconhecimento e gratidão aos seus serviços prestados à cultura brasileira.
Ariano Suassuna (1927-2014)
Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16/06/1927, em João Pessoa, PB. Filho de Rita de Cássia Vilar e João Suassuna, presidente da província (atual governador do estado). Logo, nasceu nas dependências do Palácio da Redenção, sede do Executivo paraibano. Em 1928 a família passou a viver no Sertão, na cidade de Souza. Dois anos após, com Revolução de 1930, seu pai é assassinado por motivos políticos, e a família mudou-se para Taperoá, onde viveu até 1937 e concluiu o curso primário. Aí assistiu, pela primeira vez, o teatro de mamulengos e desafios de viola, na feira da cidade, cujo caráter de “improvisação” marcou definitivamente toda sua produção artística posterior. Após breve estadia em Campina Grande, passou a viver no Recife a partir de 1942.
Estreou na literatura precocemente, em 1945, com o poema Noturno, publicado no Jornal do Commercio, do Recife. Neste ano concluiu o curso secundário no Ginásio Pernambucano, no Colégio Americano Batista e no Colégio Osvaldo Cruz. Em 1946 ingressa na Faculdade de Direito do Recife, conhece Hermilo Borba Filho e fundam o TEP-Teatro de Estudante de Pernambuco. Sua primeira peça Uma mulher vestida de sol, com a qual ganhou o prêmio “Nicolau Carlos Magno”, é representada até hoje. Em seguida escreveu Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) e Os Homens de Barro, montada pelo TEP em 1948.
Ao concluir o curso de Direito, em 1950, recebeu o Prêmio Martins Pena, com a peça Auto de João da Cruz. Em seguida foi diagnosticado uma doença pulmonar, fazendo-o retornar a Taperoá para se curar. Enquanto se tratava, escreveu e montou a peça Torturas de um coração. Em 1952 voltou a morar no Recife e passa a trabalhar como advogado, fazendo teatro nas horas vagas: O castigo da soberba (1953), O rico avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), que o projetou em todo o país, considerada o texto mais popular do moderno teatro brasileiro. A peça foi adaptada para o cinema e para a televisão, e é considerada uma das peças brasileiras mais encenadas até hoje. Nos anos seguintes foram encenadas algumas peças fora do circuito do Recife: O casamento suspeito (1958), O santo e a porca (1958), O homem da vaca e o poder da fortuna (1959) e A pena e a lei (1959), premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro.
A amizade mantida com Hermilo Borba Filho prosperou com a criação do Teatro Popular do Nordeste, em 1959. A criação de peças prossegue com a Farsa da Boa Preguiça (1960) e A caseira e a Catarina (1962). Por esta época decidiu aprofundar seus conhecimentos sobre Estética, interrompe temporariamente a carreira de dramaturgo e passa a estudar na UFPE. Tais estudos resultaram na defesa da tese de livre-docência A onça castanha e a ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira, em 1976. Passa a exercer o cargo de professor da UFPE ao mesmo tempo em que se afirma como expressivo “agitador cultural”. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, em 1967, do qual fez parte até 1973 e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período 1968-1972; dirigiu o Departamento de Extensão Cultural da UFPE, em 1969 e iniciou o “Movimento Armorial”, em 1970, com o concerto “Três séculos de música nordestina – do Barroco ao Armorial” e com uma exposição de gravura, pintura e escultura.
Na definição dele mesmo, “A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos folhetos do romanceiro popular do Nordeste com a música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus cantares, e com a xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das artes e espetáculos que ilustra suas capas com esse mesmo romanceiro relacionados”. Seu objetivo foi o de valorizar a cultura popular do Nordeste brasileiro, pretendendo realizar uma arte erudita a partir das raízes populares da cultura do País. Seu emprego na música resultou na criação da “Orquestra Armorial”, que deu origem ao “Quinteto Armorial”. Um dos remanescentes desse grupo é o músico Antônio Nóbrega, que comanda o Instituto Brincante, em São Paulo. Mais tarde o quinteto se desfez, dando origem ao “Quarteto Romançal”. Na gravura, a arte armorial é representada pelo pintor Gilvan Samico. Na Literatura, é o próprio Ariano quem se destaca com O romance d’a pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta (1971). Um “romance-memorial-poema-folhetim”, como definiu o poeta Carlos Drummond de Andrade, e emendou “Não é qualquer vida que produz uma obra desse calibre”.
Sobre o Romance d’A pedra do reino, lembremos que Ariano construiu, em São José do Belmonte (PE), um santuário ao ar livre, composto de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. Nos últimos anos de vida ele fazia anualmente uma cavalgada/procissão nas redondezas, vestido a caráter, junto com outros participantes. Tais atividades se davam simultaneamente ao cargo de Secretário de Educação e Cultura do Recife (1975-1978), ao doutoramento em História (1976), aulas de Estética, Teoria do Teatro e História da Cultura Brasileira, na UFPE, onde lecionou por 32 anos e aposentou-se em 1994.
Ao se aposentar, o Governador Miguel Arraes convida-o para comandar a Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco. Exerceu o cargo por quatro anos (1994-1998), e deu um impulso extraordinário à cultura nordestina com o patrocínio de diversos artistas, tanto na divulgação como na promoção e sustentação de suas atividades. Por essa época, inicia uma nova atividade exercida além de seu mandato como Secretário de Cultura e além dos limites do Estado: são as “aulas-espetáculo” apresentadas em todo o País. Foram dezenas de apresentações para plateias enormes, onde contava “causos” e exaltava a cultura brasileira de um modo divertido. Suas apresentações foram consolidadas num projeto intitulado “Arte como missão”. Ele mesmo dizia que fazia isso por uma necessidade de retribuição pelo que tinha recebido do povo brasileiro.
Em 2011 foi convidado pelo governador Eduardo Campos para ingressar no PSB-Partido Socialista Brasileiro, na condição de Presidente de Honra, e declarou que encerraria sua vida política neste cargo. Juntamente com o cargo, que não lhe exigia atividade alguma, aceitou também ser assessor especial para assuntos culturais, do Governador até abril de 2014.
Durante sua vida, recebeu diversas homenagens e condecorações: título de Doutor Honoris Causa pelas universidades: UFRN-Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFPB-Universidade Federal da Paraíba, UFRP-Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFPF-Universidade de Passo Fundo e UFCE-Universidade Federal do Ceará. Foi também integrante de três academias de letras: Academia Brasileira de Letras (1989), Academia Pernambucana de Letras (1993) e Academia Paraibana de Letras (2000). Em 2002, foi tema de enredo no carnaval carioca na escola de samba “Império Serrano”, intulado: “Aclamação e Coroação do Imperador da Pedra do Reino’. Em 2008 foi novamente tema de enredo da escola de samba “Mancha Verde” no carnaval paulista. Em 2013 sua mais famosa obra, o Auto da Compadecida foi o tema da escola de samba “Pérola Negra”, em São Paulo.
Em 2013 Ariano foi internado duas vezes devida a um infarto de pequenas proporções e um aneurisma cerebral. A recomendação médica era de repouso e pouco esforço. Mas ele continuou com suas “aulas-espetáculo” por todo o País. Em 16 de julho fez uma apresentação para 1600 pessoas no Teatro Castro Alves, em Salvador. Dois dias após se apresentou no 24º FIG-Festival de Inverno de Garanhuns. Começou falando da morte com bom humor: “Eu até pedi para Caetana (expressão que representa a morte) que ela não viesse em 2014, só para ver essas homenagens todas que fazem. Estou tentando não ficar vaidoso”. Voltou ao Recife e em seguida sofreu um acidente vascular cerebral. Não resistiu e faleceu em 23/07/2014. Por pouco não morreu no palco, como gostaria.

CHICO BUARQUE COMPONDO PARA O CARNAVAL...







DOZINHO; UM GRANDE COMPOSITOR POTIGUAR...


























UM FREVO MAIS QUE ATUAL E REAL...

domingo, 26 de fevereiro de 2017

O CARNAVAL DE PIRANGÍ...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL


               Estamos em Pirangi...
          mas hoje não tem dança, não tem mais meninas de tranças, nem cheiros de lança no ar.
          Na rua não tem frevo, tem gente que passa com medo, não passa ninguém pra sambar...
               Toda natal está em Pirangi, juntamente com toda a zoada do mundo...
              O GOSTO musical já não existe...a HARMONIA È A ZOADA...
               Num mesmo condomínio, várias bandas tocando simultaneamente...uma atrapalhando a outra e decapitando a boa música, impedindo a varredura que a música bem executada faz no espírito...
               Me decepciona...é um povo que só soube guardar dinheiro...sem ritmos, sem graça, sem delicadeza, sem trato sem educação...são assim os novos ricos...OS DESTITUÍDOS DE BERÇO...
               SE PAULO Bezerra fosse vivo diria...este carnaval não se compara nem  a centésima parte do carnaval da metade do século passado, em Natal, onde se fazia um corso animadíssimo, onde se distribuía  confetes, serpentinas, gentilezas entre os amigos...
          as mulheres tinha direito a um  banho de Lança perfume na nuca...era uma animação só, era afrodisíaco, era a alma se purificando com a grandeza das grandes melodias e suas letras...
             Ontem olhei da varanda e disse:ah quanta gente feia...!!!
não tem  uma mulher que dê um samba...que mereça um samba...que inspire um samba...
              Muitos homens musculosos, corpos atléticos, mas  na maioria a masculinidade é zero...
               Ninguém precisava de máscara, todos estão mascarados de feios...
               Me veio a imagem de José Arnaud, o genro de João Câmara, que participava do corso do carnaval de antigamente, no grande ponto...ia no seu Ford  zero e conversível, portando caixas de Lança Perfume  de marca RODORO...
          LEVAVA no carro um empregado com um alicate, cuja finalidade era  extrair o espremedor da LANÇA, para ele não perder tempo...o funcionário já   entregava a LANÇA perfume  jorrando perfumes...
          Ninguém se perfumava de lama.

ACALANTO PARA OS NETOS




ACALANTO PARA OS NETOS
   DE ALDIR BLANC E CRISTOVAM BASTOS
Na primeira febre, a minha febre
E quem é quem pedindo proteção?
Ponho a mão na testa do meu neto
E é meu avô que está estendendo a mão

Nessa comunhão dos três
Eu sou avô do meu avô
Ele é o menino ali
E ri das confusões
Que o grande amor pode fazer
É um milagre essa multiplicação
De mãos e febres por buscar ternura
E então com medo de morrer
A fragilíssima trindade jura
Ficaremos sempre assim por perto
E quando meu neto tiver neto
Uma febre unindo o que passou
Dirá pro tempo: oi, meu avô

É por aí: um piano em debussy
O morcego e o sapoti na praia dos coqueiros
O avô sou eu numa bicicleta
De canelas finas, mexe com as meninas

Explode a trovoada, a chuva canta
E a enxurrada leva todos nós
Fracionados sim, mas fusionados
Rumo ao delta, à queda, ao fim, à foz

E uma vez que voltaremos
Numa febre que menino-avô terei
Até o filósofo sorri
"é o mesmo rio. eu me enganei"


CARTA QUE O APRESENTADOR FLAVIO CAVALCANTI (1923-1986) ESCREVEU A SEU NETO
Meu neto:
Pelo que você já me disse com o seu sotaque de anjo, percebo que você me considera uma criança grandona e desajeitada, e me acha, mesmo assim, seu melhor companheiro de brinquedos.

Pena que tenhamos tão pouco tempo para brincar, tão pouco porque só sei brincar de passado, e você só sabe brincar de futuro. E ainda estarei brincando de recordação quando você começar a brincar de esperança.
Mas antes que termine o nosso recreio juntos, antes que eu me torne apenas um retrato na parede, uma referência do meu genro, ou quem sabe até uma lágrima de minha filha, quero lhe dizer meu neto, que vale a pena.
Vale a pena crescer e estudar. Vale a pena conhecer pessoas, ter namoradas, sofrer ingratidões, chorar algumas decepções. E, a despeito de tudo isso, ir renovando todos os dias a sua fé e a bondade essencial da criatura humana, e o seu deslumbramento diante da vida.
Vale a pena verificar que não há trabalho que não traga sua recompensa; que não há livro que não traga ensinamentos; que os amigos têm mais para dar que os inimigos para tirar; que se formos bons observadores, aprenderemos tanto com a obra do sábio quanto com a vida do ignorante.
Vale a pena casar e ter filhos. Filhos, que nos escravizaram com o seu amor.
Vale a pena viver nesses assombrosos tempos modernos, em que milagres acontecem ao virar de um botão; em que se pode telefonar da Terra para a Lua; lançar sondas espaciais, máquinas pensantes à fronteira de outros mundos, e descobrir na humildade que toda essa maravilha tecnológica não consegue, entretanto, atrasar ou adiantar um segundo sequer a chegada da primavera.
Vale a pena, meu neto, mesmo quando você descobrir que tudo isso que estou tentando ensinar é de pouca valia, porque a teoria não substitui a prática, e cada um tem que aprender por si mesmo que o fogo queima, que o vinagre amarga, que o espinho fere, e que o pessimismo não resolve rigorosamente nada.
Vale a pena, até mesmo, envelhecer como eu e ter um neto como você, que me devolveu a infância.
Vale a pena, ainda que eu parta cedo e a sua lembrança de mim se torne vaga. Mas, quando os outros disserem coisas boas de seus avós, quero que você diga de mim, simplesmente isso:
“Meu avô foi aquele que me disse que valia a pena. E não é que ele tinha razão?!”

sábado, 25 de fevereiro de 2017

UM SERMÃO DE PADRE ANTONIO VIEIRA...ATUALÍSSIMO...



AS CARENCIAS DOS CARNAVAIS DE HOJE...



LITERATURA DE CORDEL...


* * *
AS CONSEQUÊNCIAS DA COMPRA DO VOTO
Um folheto de Francisco Diniz
Quem negocia seu voto
Prega a corrupção,
Não pode exigir depois
Nenhuma pequena ação
Daquele seu candidato
Que escolheu na eleição.
Aquele que vende o voto
Sem saber faz aumentar
A injustiça social,
Pois não pode nem cobrar
Trabalho do candidato
Depois que este ganhar.
O crápula que compra votos
Do povo não quer saber,
O que ele pretende mesmo
É adquirir o poder
Pra roubar dinheiro público
E assim enriquecer.
O triste que compra voto
Não tem nenhum compromisso
Com saúde, educação
Nem quer saber se há serviço
Pro homem trabalhador
Da favela ou do cortiço.
Cidadão que vende o voto
Por carência ou ingenuidade
É vítima dos poderosos,
Que vêm com ar de bondade,
Disfarçados de cordeiros
Pra esconder toda maldade.
Quem oferece seu voto
Em troca de uma vantagem
Contribui para aumentar
O capitalismo selvagem
Que instalou-se em nosso meio
E é pai da politicagem.
Por isso meu caro amigo
Preste muita atenção,
No dia que for votar
Não se leve por emoção,
Escolha quem é honesto,
Quem ao pobre dá razão.
Quando escolher candidato
Veja bem o seu passado:
Se lutava pelo pobre,
Denunciava o errado,
Se nunca aceita propina,
Se parece equilibrado.
É preciso estar atento
Pra não cair em cilada,
Pois de político esperto
A rua está tomada,
Portanto pense, analise
O que diz o camarada.
Desconfie quando o sujeito
Em tempo de eleição
De repente fica simples,
Vai logo dando-lhe a mão,
Pondo no colo criança
Dizendo cheio de esperança:
É o futuro da nação!
Cuidado com o camarada
Que só vive garantindo
Resolver todo problema,
Que diz nunca está mentindo,
Que dá tapinha nas costas,
Chamando amigo nas portas
E que só vive sorrindo.
Não se engane com o político
Que vive a prometer
Emprego e vida fácil
Depois que ele se eleger,
Isso é conversa pra trouxa
Que não tem o que fazer.
Não deixe o seu lugar
Ser chamado de banal
E não ser reconhecido
Por curral eleitoral
Como quem usa cabresto,
Pois ninguém é animal.
Não faça como José,
Morador da Barra Funda,
Que dizia: – O meu voto,
O de Pretinha e Raimunda
É só pra quem tem dinheiro,
Quem não pensar desse jeito
Leva logo um pé na bunda.
Não imite Severino,
Que no dia da eleição
Andava com os bolsos cheios
Achando-se com razão
Para comprar todo o povo
Que não tinha condição.
Se assim você agir
Com certeza vai sofrer
As conseqüências depois,
O sujeito vai querer
Recuperar seu dinheiro
Quando alcançar o poder.
E logo não vai poder
Fazer o que prometia
E se você reclamar,
Quiser uma benfeitoria
Depressa ele vai falar:
– Po’daqui se retirar
Comprei seu voto, sabia?
É triste a sina de quem
Empresta ou vende o voto.
Joaquim disse: – menino
Eu nunca que me importo
Com essa tal corrupção
Quem me pagar na eleição
Viro ateu ou devoto.
E chegou um candidato
Dirigiu-se a Joaquim:
– Dou-lhe uma chapa novinha
Se você votar em mim,
Compro a de baixo no pleito
E a outra se eu for eleito
Espero não ache ruim.
Veja só o constrangimento
Desse ingênuo eleitor
Ao saber que o candidato
A eleição não ganhou,
Pois ficou sem mastigar
E muita gente zombou.
Há também quem compre voto
Por um quilo de farinha,
Por um par de alpargatas
Ou até mesmo uma galinha
Fazendo o povo objeto
À noite ou de manhãzinha.
Só que todo o corrupto
Age bem a qualquer hora,
Oferece o que tiver,
Mas cobra juro de mora
Do povo quando eleito,
Engana e não vai embora.
Para que tudo isso mude
O povo tem que agir
Em busca de um mundo novo,
Solução é construir
A nossa independência
E sabendo com freqüência
Político sério exigir.
Não é fácil a tarefa,
Mas precisamos tentar
Porque a corrupção
Está em todo lugar,
Para ter um mundo honesto
Fuja de político esperto
E não se venda ao votar!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

CARTA AO GENERAL QUE ME DEU NAS COSTELAS...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL

               Nasci livre...amando a democracia...
               Minha mãe repetia OLAVO BILAC , na poesia, o pássaro cativo:
          UMA VIDA SÓ TEM VALOR SE ELA FOR LIVRE...
          DETESTAVA A REVOLUÇÃO, A REDENTORA, que também acor bertava nas suas asas muitos dos políticos que hoje se gabam de amarem a democracia, de terem  sido perseguidos pelo golpe militar...
               Lamentavelmente, o Brasil chegou numa condição deplorável, de servegonhice, de patifarias oficiais, de falácias, de engodo...
               Destituíram o governo corrupto do PT, os mesmos que estão sendo denunciados nas delações premiadas, e que agora querem até se entender com o PT, para ficarem á salvos...
               Existe uma falência generalizada de caráter...uma falência generalizada dos múltiplos poderes...
               Uma ideia generalizada de se fazer uma blindagem geral em todos os corruptos, com tanto que se permaneça no poder, e passe para o povo que o governo mudou...que agora temos um governo probo, honesto,servo da democracia e da prática da lisura...
               No momento não existe solução...os três poderes estão contaminados pela mesma prática: se locupletar, fazer uma blindagem total dos corruptos, e passar para o povo a ideia de que mudamos e muito, para melhor...
               MENTIRAS...FALÁCIAS...RACIOCÍNIOS TENDENCIOSOS...DISSOCIAÇÃO ENTRE DISCURSOS E  AÇÕES...
               ME sinto como quem, procura num  ambiente público um sanitário, motivado por forte caganeira, cólicas, suores frios...
               TENTO ver quatro sanitários, mas cada um que fede mais do que o outro,estou quase me sujando, me segurando,na prega mestra...
               Nesta aflição fisiológica me deparo com um banheiro que também fede muito, mas está fedendo menos que os outros...
               CONSTRANGIDAMENTE, ABAIXO AS CALÇAS, E ALIVIO O MEU SOFRIMENTO, nunca esquecendo que nasci para os sanitários limpos e perfumados...saio sem culpas, foi a solução possível...escolhi o menos ruim....e as vezes, o menos ruim você também detesta, mas naquele instante é a melhor solução.
               Um sanitário é  o poder executivo...um presidente com os mesmos vírus de quem  um dia já foi seu vice, e praticando imoralidades SEMELHANTES, COMO A BLINDAGEM DE MOREIRA FRANCO...
             UM CONGRESSO,contaminado pelo PMDB de Renan e de Cunha...de JUCÀ, de Cafeteira,buscando artifícios para salvarem-se mutuamente, do naufrágio do seu navio corrupto, pirata e sem bandeiras...
          UM SUPREMO TRIBUNAL mestiço, um covil ,sem a confiança do povo, artistas togados, filhos da política vigente...filhos das mesmas putas, pois muitos deles foram nomeados pelos mesmos crápulas intocáveis...
          Sinceramente, não vejo saída...muito a contragosto, humilhado, descrente, me auto flagelando, chamo o general que me deu nas costelas e grito:
          GENERAL, EU BAIXO AS CALÇAS...SALVE O BRASIL.

VAMOS PARA A RUA PROTESTAR....BASTA DE ABSURDOS GENERALIZADOS...



DO ESTADO DA POESIA...



HORAS MORTAS – Alberto de Oliveira




Breve momento após comprido dia
De incômodos, de penas, de cansaço
Inda o corpo a sentir quebrado e lasso,
Posso a ti me entregar, doce Poesia.
Desta janela aberta, à luz tardia
Do luar em cheio a clarear no espaço,
Vejo-te vir, ouço-te o leve passo
Na transparência azul da noite fria.
Chegas. O ósculo teu me vivifica
Mas é tão tarde! Rápido flutuas
Tornando logo à etérea imensidade;
E na mesa em que escrevo apenas fica
Sobre o papel – rastro das asas tuas,
Um verso, um pensamento, uma saudade.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

FLOR MORENA...




Flor Morena

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Flor morena que manda no meu coração
Flor morena me tira dessa solidão
Flor morena que mora no meu jardim
Flor morena vê se tem pena de mim
Flor morena...(bis)

Mais um dia sem te ver sorrir
vai me fazer enlouquecer
porque já não sei pra onde ir
se eu não for com você

Flor morena não é rosa não
açucena ou margarida
com certeza é a mais formosa flor
que brotou em minha vida

Flor morena que manda no meu coração
Flor morena me tira dessa solidão
Flor morena que mora no meu jardim
Flor morena vê se tem pena de mim (bis) 

Ví na espera até ficar de bem 
despetalar minha paixão
primavera ví muchar também 
nem sequer um botão

Flor morena não é flor de liz 
é perfeita sem espinhos, 
feita pra enfeitar deixar feliz 
minha estrada meu caminho (bis)

A PRIMEIRA IMPRESSÃO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...

          CONTO NOS DEDOS DE UMA DAS MÃOS, AS VEZES QUE ERREI NA MINHA PRIMEIRA IMPRESSÃO...
          VOCÊ NÃO TEM UMA SEGUNDA CHANCE DE DAR UMA BOA PRIMEIRA IMPRESSÃO...
          A PRIMEIRA IMPRESSÃO É TUDO...PARA UM HOMEM INTELIGENTE, ELA DIZ QUEM VOCÊ É...
               OUTRO PONTO A SER LEMBRADO, NA VERTENTE DOS RELACIONAMENTOS, É A MANEIRA COMO VOCÊ SOA...
               VOCÊ É O QUE VOCÊ SOA...
               O TIMBU É UM PREDADOR NATURAL DAS GALINHAS...TIMBU VÊ A GALINHA, PEGA , MATA E COME...
               NUMA PESQUISA NA ÁREA DE NEUROLINGUÍSTICA , NOS ESTADOS UNIDOS, PEGARAM UMA NINHADA DE FILHOTES DE TIMBU, E EM CADA UM PENDURARAM NO PESCOÇO UM PEQUENO GRAVADOR, QUE REPRODUZIA  UM PINTO PIANDO...
               PEGARAM ESTA NINHADA E COLOCARAM DIANTE DE UMA GALINHA NO CHOCO, COM OS GRAVADORES LIGADOS...
               AO ESCUTAR OS PIADOS DOS GRAVADORES, A GALINHA ABRIU AS ASAS E ACOLHEU A NINHADA DE TIMBUS, COMO SE ELES FOSSEM OS SEUS PINTOS...
               ENTÃO SE CONCLUIU:
OS FILHOTES ERAM TIMBUS...
ELES CHEIRAVAM A TIMBUS...
TINHAM A CARA DE TIMBUS,
MAS SOAVAM COMO PINTOS...
               NÃO PREVALECEU O QUE REALMENTE ELES ERAM...
               PREVALECEU COMO  ELES  SOARAM.

DESEJOS DE CARNAVAL...

A VIDA EM PROSA E VERSOS...


A vida do ser humano
É uma oferta divina,
Que tem início ao nascer
E o ciclo só termina
Quando a malfadada morte
Nosso viver elimina.
Carlos Aires
E são tantos os percalços
Que teremos que enfrentar
Desde a hora que se nasce
Até a vida findar
Que só mesmo nossos sonhos
Pra nos fazer caminhar.
Vera Aires
Os sonhos são proveitosos
No trajeto, com certeza,
Porém a vida prossegue
Sempre em total incerteza
Já que a morte muitas vezes
Vem atacar de surpresa.
Carlos Aires
Na vida e também na morte
Podemos tirar lição
Mas que fique aqui bem claro
Qual é minha opinião
Gosto de falar de vida
De morte, não gosto não.
Vera Aires
Respeito a alternativa
Mas em nosso itinerário
Falar das duas eu acho
Que é bastante necessário
Já que morte e vida fazem
Parte do mesmo cenário.
Carlos Aires
Pode ser primordial
Tenho que admitir
Mas não quero me deter
Nesse assunto por aqui
Falar de vida é melhor
Para a gente prosseguir.
Vera Aires
A vida é maravilhosa
Já a morte é detestável
Porém deixar de cita-la
Nesse versejar louvável
Não pode, pois no final,
Ela é sempre inevitável.
Carlos Aires
Se a morte é uma certeza
Não tem porque falar nela
Eu prefiro a incerteza
Dá vida que é tão bela
Com tristeza ou alegria
Minha escolha é sempre ela.
Vera Aires
A vida é uma passagem
Que se dá em curto espaço
Mas precisa coerência
Pra não fugir do compasso
Pois a morte oportunista
Só aguarda algum fracasso.
Carlos Aires
A vida é maravilhosa
Seja ela como for
Sua importância é imensa
Temos que dar seu valor
Já a morte trás consigo
Sempre sofrimento e dor.
Vera Aires
A vida é uma hipoteca
Para nos dar consistência,
Passaporte que conduz
Pela estrada da vivência
Já a morte nos transporta
Pra o final da existência.
Carlos Aires
A vida é sem garantia
A morte, única certeza,
Pensar nisso todo dia
Só me dá medo e tristeza
Quero é desfrutar dá dádiva
Contemplado a natureza.
Vera Aires
Tenho que admitir
Que a vida é fenomenal
Mas no decurso da mesma
A morte é tão natural
Pois, no conto do viver,
Coloca um ponto final.
Carlos Aires
Não me acostumo com a morte
Isso posso lhe afirmar
Embora saiba que um dia
Teremos que a enfrentar
Admiro mesmo a vida
E quero ela aproveitar.
Vera Aires
A vida só trás prazer
Para qualquer criatura!
A morte causa terror,
Desgosto e até tortura,
Apaga o lume da vida
E envia pra sepultura.
Carlos Aires
Morte e vida são assuntos
De importâncias iguais
Aqui tratamos das duas
Mantendo os ideais
Mas concordamos que a vida
Sempre é boa demais.

Vera Aires